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Agronegócio impulsiona economia baiana e atinge recordes históricos

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O agronegócio consolidou seu papel como um dos principais motores da economia baiana, atingindo recordes históricos até o terceiro trimestre de 2024, de acordo com dados divulgados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri-BA) e pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O setor respondeu por 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, chegando a 26,5% no terceiro trimestre, um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2023, quando a participação foi de 19,8%.

O impacto do agronegócio baiano não se limita ao estado. Sua contribuição ao PIB nacional também cresceu, passando de 5,5% em 2023 para 7,1% até o terceiro trimestre de 2024. Com um PIB estadual estimado em R$ 349 bilhões, o agronegócio adicionou aproximadamente R$ 83 bilhões, evidenciando sua relevância tanto para a Bahia quanto para o Brasil.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) da Bahia alcançou R$ 54 bilhões em 2024, com destaque para as lavouras, que representaram 81% do total. Os grãos lideraram a produção agrícola, contribuindo com 57% do VBP, seguidos por cacau (12%), frutas (11%) e outras lavouras (20%). No segmento animal, a pecuária de corte foi a maior responsável, com 57%, seguida por aves (22%), leite (13%) e suínos e ovos (8%).

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Esses resultados refletem a eficiência e a capacidade do agronegócio baiano em se adaptar a desafios e maximizar oportunidades. Com uma base diversificada de produção e estratégias para ampliar sua competitividade, o setor continua sendo um pilar fundamental para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do estado. A trajetória de crescimento reforça o papel do agronegócio como motor da economia baiana e sua contribuição para o fortalecimento da posição do Brasil como líder global no setor.

Fonte: Pensar Agro

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Fungo Antártico pode Contribuir para o Desenvolvimento de Biopesticidas Naturais

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Pesquisadores brasileiros e americanos descobriram que um fungo isolado de sedimentos marinhos profundos do Oceano Austral, na Antártica, possui substâncias bioativas com grande potencial para o desenvolvimento de biopesticidas naturais (bioinsumos). O estudo, realizado por instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Embrapa Meio Ambiente (SP) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), identificou compostos antifúngicos e fitotóxicos que podem representar alternativas sustentáveis aos agroquímicos sintéticos.

O fungo em questão, Penicillium palitans, foi coletado a mais de 400 metros de profundidade e submetido a uma série de análises laboratoriais. Como resultado, os cientistas identificaram duas substâncias principais: penienona e palitantina. A penienona demonstrou forte atividade antifúngica e fitotóxica, conseguindo inibir a germinação de sementes de grama-bentgrass, mesmo em baixas concentrações. Além disso, o composto foi eficaz contra Colletotrichum fragariae, fungo causador de antracnose em várias culturas agrícolas. Por sua vez, a palitantina apresentou efeito fitotóxico moderado.

Débora Barreto, pesquisadora da UFMG, destaca que a Antártica, com sua biodiversidade microbiana pouco explorada e organismos adaptados a condições extremas, como baixíssimas temperaturas e alta salinidade, representa um ambiente promissor para a descoberta de novos compostos biotecnológicos.

Desafios das Expedições Polares e Alternativas aos Pesticidas Sintéticos

A coleta de amostras na Antártica é um desafio logístico considerável. As expedições necessitam de até um ano de preparação e treinamentos especializados. O deslocamento até a região pode levar até 10 dias, e a coleta de sedimentos marinhos profundos pode demandar até 24 horas ininterruptas de trabalho.

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O estudo propõe uma alternativa ao uso excessivo de pesticidas sintéticos, cuja aplicação inadequada tem causado o aumento da resistência de pragas e impactos ambientais negativos. Luiz Rosa, professor do Departamento de Microbiologia da UFMG e coordenador da pesquisa, afirma que fungos extremófilos como o P. palitans podem se tornar fontes valiosas para a formulação de soluções sustentáveis para a agricultura.

Impacto Ambiental e Desafios Comerciais

A descoberta de novas moléculas bioativas com origem natural não só tem o potencial de reduzir a dependência de agroquímicos, mas também contribui para a promoção do conceito de Saúde Única. Contudo, transformar essas substâncias em produtos comerciais requer uma série de testes adicionais, especialmente para garantir a segurança, estabilidade e eficácia em condições reais de campo.

Sonia Queiroz, pesquisadora da Embrapa, destaca que, apesar do potencial das substâncias, é necessário avançar nas fases de testes toxicológicos e ecotoxicológicos antes de avaliar a viabilidade de produção em larga escala. “Nosso próximo passo será ampliar esses estudos e explorar a possibilidade de uma colaboração entre instituições de pesquisa e empresas do setor agrícola”, explica Luiz Rosa.

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O avanço da biotecnologia no campo pode ser impulsionado pela bioprospecção de organismos extremófilos, como o P. palitans, que abre novas possibilidades para o desenvolvimento de biopesticidas naturais e outras substâncias bioativas. A conservação dos ecossistemas antárticos é essencial para o futuro dessas pesquisas, sendo um passo importante para o progresso da biotecnologia na agricultura global.

O estudo, parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com o apoio logístico da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) da Marinha do Brasil.

Equipe de Pesquisa

A pesquisa é conduzida por uma equipe composta por Débora Luiza Costa Barreto (UFMG), Charles Lowell Cantrell (Departamento de Agricultura dos EUA), Mayanne Karla da Silva (UFMG), Camila Rodrigues de Carvalho (UFMG), Sonia Claudia do Nascimento de Queiroz (Embrapa Meio Ambiente), Joanna Bajsa-Hirschel (Departamento de Agricultura dos EUA), Prabin Tamang (Departamento de Agricultura dos EUA), Stephen Oscar Duque (Universidade do Mississippi), Alysson Wagner Fernandes Duarte (Universidade Federal de Alagoas) e Luiz Henrique Rosa (UFMG).

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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