Economia

Além da Ferrogrão, novo PAC vai investir R$ 60,6 bilhões em estradas vicinais para escoamento de safras em Mato Grosso

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Uma boa notícia para o agronegócio: o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê investimento em 50 mil quilômetros em estradas vicinais, que são as vias usadas como conexões entre as áreas rurais e os centros urbanos, usada para o escoamento de safras.

O governo federal anunciou que irá investir R$ 60,6 bilhões em Mato Grosso em obras através do PAC. Entre as principais obras federais previstas para o estado estão a Ferrogrão, a construção dos trechos da BR-158 no contorno da terra indígena e da BR-242 de Gaúcha do Norte a Santiago do Norte, além de melhorias nas BRs 070 e 080.

O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na última sexta-feira (11.08), quando também destacou o aporte do governo federal em um bilhão de reais para as pesquisas da Embrapa.

“Será investido na melhoria das condições das vicinais brasileiras, estruturadas em regiões de grande produção e potenciais de produção. São lugares onde as condições climáticas são desfavoráveis, chove muito e se produz muito, e as vias não pavimentadas não suportam. Será um programa estruturado em vicinais e, pela primeira vez, o Ministério da Agricultura vai participar com vicinais”, comentou o ministro.

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O projeto das vicinais abrangerá todos os estados brasileiros, especialmente as regiões de maior produção agrícola e que utilizam o modal para escoamento da produção, segundo o ministro.

O setor produtivo deve ser contemplado também com aportes que estarão sob o guarda-chuva do Ministério dos Transportes, o que inclui investimento em ferrovias, como a Transnordestina e a Ferogrão, além de ampliações em portos.

FERROGRÃO – O projeto da Ferrogrão prevê a construção de uma linha férrea entre Sinop, no Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, e o porto de Miritituba, em Itaituba, no Pará.

São mais de 933 quilômetros de extensão. O valor estimado do investimento é de R$ 25,2 bilhões. A ferrovia será uma alternativa à rodovia BR-163 conhecida como rota da soja, do milho e do algodão, construída na década de 1970 para ligar os dois estados.

Além dos 933 km de extensão, a ferrovia será complementada por dois ramais: Santarenzinho, entre Itaituba/PA e Santarenzinho, distrito do município de Rurópolis/PA, com cerca de 32 km de extensão; e Itapacurá, localizado integralmente no município de Itaituba/PA, com aproximadamente 11 km de extensão.

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A promessa é de que a construção da ferrovia consolide, a longo prazo, um corredor logístico capaz de reduzir distâncias e aliviar o bolso de quem paga para exportar produtos como soja e milho, tendo em vista que a estimativa é de recuo de 30% a 40% no preço do frete.

Fonte: Pensar Agro

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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