Amparo faz lockdown aos finais de semana para conter covid-19

Com o aumento dos casos e internações por covid-19, algumas cidades do interior paulista iniciaram medidas ainda mais restritivas para enfrentar a pandemia.
Em todo o estado de São Paulo vigora o Plano São Paulo que, atualmente, está em fase de transição, mas permite a abertura de comércio e de serviços com limite de 40% de capacidade e toque de recolher das 21h às 5h. Mas com o crescimento da pandemia em algumas regiões do estado, prefeituras paulistas decidiram ser ainda mais rigorosas, decretando lockdown – que é o fechamento quase total das atividades e restrição de circulação de pessoas nas ruas.
A cidade de Amparo, por exemplo, iniciou nessa sexta-feira (4) um lockdown que vai funcionar por dois finais de semana. A cidade, que já tinha adotado a volta à fase emergencial do Plano São Paulo no dia 1o de junho, decidiu limitar ainda mais o funcionamento dos serviços considerados essenciais e vai fechar mercados e até postos de gasolina durante os finais de semana.
Com isso, de sexta (4) até domingo (6), os mercados só poderão funcionar por meio de delivery. As farmácias, serviços funerários e hospitalares e de pronto atendimento médico vão continuar em funcionamento. As pessoas que estiverem na rua e não estiverem cadastradas como trabalhadores de setores essenciais estarão sujeitas a multa no valor de R$ 500.
Nesses dias de lockdown, o transporte coletivo não vai funcionar na cidade. As indústrias consideradas essenciais só vão poder funcionar com 50% da força de trabalho, desde que os trabalhadores estejam testados e negativados para covid-19. No sábado e domingo, postos de combustível também estão impedidos de funcionar. Barreiras sanitárias serão montadas na cidade para fiscalizar o cumprimento das medidas.
Já entre segunda-feira (7) e quinta-feira (10), a cidade volta para a fase emergencial, onde somente serviços considerados essenciais podem funcionar. E, de sexta-feira (11) a domingo (13), a cidade volta ao lockdown, no mesmo modelo que está funcionando neste final de semana.
A medida foi tomada após a cidade registrar falta de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) e de enfermaria no último dia 30 de maio. Segundo a prefeitura da cidade, só no mês de maio, 46 pessoas morreram em Amparo por covid-19 – o maior índice desde o início da pandemia.
Tuiuti
Outra cidade paulista a adotar o lockdown foi Tuiuti. O lockdown teve início na quinta-feira (3) e segue até domingo (6) e, depois, volta a acontecer também no próximo final de semana, entre os dias 11 e 13 de junho.
Segundo a prefeitura, a medida foi necessária porque a cidade enfrenta atualmente o seu pior momento na pandemia do novo coronavírus.
Durante o lockdown, todos os estabelecimentos serão fechados, com exceção apenas das farmácias, serviços funerários, ambulância e postos de saúde ou hospitalares. Já os postos de gasolina vão funcionar excepcionalmente nos dias 4 e 11 de junho.
Assim como em Amparo, a cidade de Tuiuti vai voltar à fase emergencial entre os dias 7 e 10 de junho, onde somente serviços considerados essenciais vão poder funcionar, entre eles, mercados.
Monte Azul Paulista
Outra cidade que entrou em lockdown essa semana foi Monte Azul Paulista. Por lá, o lockdown entrou em funcionamento ontem (3) e vale até o início da manhã de segunda-feira (7).
Com o decreto, a pessoa que estiver na rua vai precisar apresentar documento pessoal, comprovante de residência e também um comprovante de que saiu de casa para comprar medicamentos, para procurar atendimento em uma unidade de saúde ou para trabalhar em atividade essencial. O transporte coletivo será suspenso nesse período. Supermercados também estarão fechados.
Também esta semana, por causa do feriado de Corpus Christi, diversas outras cidades do estado decretaram lockdown. Algumas delas, de forma conjunta, após reunião entre os prefeitos. Entre elas estão Arco-Íris, Bastos, Herculândia, Iacri, Queiroz, Parapuã, Rinópolis e Tupã. Nessas cidades, o lockdown começou na quinta-feira (3) e vale até domingo (6). Somente farmácias, postos de combustível (somente para abastecimento) e serviços de saúde poderão funcionar. Restaurantes e supermercados somente por delivery.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira


SAÚDE
Alcoólicos Anônimos completa 76 anos no Brasil

O primeiro contato com o álcool geralmente ocorre na adolescência e muitas vezes é visto como um rito de passagem. Alguns vão conviver harmonicamente com a bebida alcoólica, mas para muitos, esta relação será conturbada. O excesso acaba interferindo na profissão, nas relações familiares e nas amizades.
Foi o que aconteceu com Laura*. A jovem conta que começou a beber ainda aos 13 anos e, em pouco tempo, viu o álcool tomar uma dimensão cada vez maior em sua vida, ao ponto de começar a beber ainda pela manhã.
“Com o tempo, toda festa que eu ia eu bebia. Passou mais um tempo, eu comecei a beber antes da festa, durante a festa e depois. Eu não conseguia estudar, não conseguia focar nas coisas que eu precisava focar e eu vi que o álcool estava virando um problema na minha vida”, relembra Laura.
A presença do álcool foi avassaladora também para Torres*. O primeiro contato com as bebidas alcoólicas foi logo aos 12 anos.
“Aos 15 anos, eu já bebia todo final de semana. Aos 25 anos, eu bebia praticamente todos os dias à noite. Aos 32 anos eu já bebia pela manhã. Entre os 30 e 32 anos, começaram minhas internações por alcoolismo. O alcoolismo vai parando todas as áreas da vida. a área profissional, a área afetiva, a área espiritual. Vai abandonado todo o contato que eu tinha com uma força maior, natureza, com esporte. A gente vai largando a parte boa da vida e se dedicando a se afundar no alcoolismo”.
Irmandade
Embora com uma grande diferença de idade, as histórias de Laura e Torres se cruzaram em uma das unidades dos Alcoólicos Anônimos (AA), na zona sul do Rio de Janeiro. Ali conheceram outras pessoas com o mesmo problema. Através dos encontros, no que chamam de irmandade, foram se abrindo e largando a bebida. Hoje deixaram totalmente de consumir álcool.
“Eu me perdi completamente. Foi olhando no espelho e não sabendo mais quem eu era que eu pensei que eu precisava tomar uma atitude. Eu vi no site dos Alcoólicos Anônimos e no site tem doze perguntas. Tá escrito que se você responder a quatro perguntas, você pode ter algum problema com o álcool. Eu gabaritei”, conta Laura.
Há 25 anos no AA, Torres diz que a admissão do problema é um passo importante. “Quando a chave vira, quando a admissão do alcoolismo é completa, quando eu entendo que perdi o controle da minha vida para o álcool, e eu posso não beber um dia de cada vez, como meus companheiros fazem. A chave vira, a mente abre”
O Alcoólicos Anônimos, entidade criada nos Estados Unidos na década de 1930, é uma porta sempre aberta para quem deseja largar o álcool. No Brasil, são 76 anos de atividade, tendo como uma das principais regras o anonimato. Ninguém pergunta o nome ou a profissão de quem chega. Cada um pode adotar um apelido e o comparecimento é voluntário. Mas o vínculo que se forma entre os membros da irmandade é muito forte. Quando alguém sente que está propenso a voltar a beber, liga para um dos companheiros e pede ajuda, e sempre a recebe.
Vice-presidente nacional do AA, a psicóloga Gabriela Henriques conta que a entidade está sempre aberta em centenas de endereços no Brasil para ajudar, de forma gratuita, quem precisa.
“A partir do momento que a pessoa entende que tem uma dificuldade no uso com a bebida alcoólica, ela pode procurar o Alcoólicos Anônimos participando de uma reunião, indo ao grupo, pedindo ajuda, que é o propósito primordial do AA, que é estender a mão ao alcoólico que ainda sofre”.
Uma das portas de entrada para buscar ajuda é a página da entidade na internet, onde é possível saber a localização do AA mais próximo e até mesmo conversar com alguém pelo WhatsApp.
*Nomes fictícios a pedido dos entrevistados.
Fonte: EBC SAÚDE
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