Anápolis: Detentos são indiciados após conclusão de inquérito sobre a morte de agente prisional

Nesta quarta-feira foi divulgada a conclusão do inquérito policial que apura a morte do agente prisional Eduardo Barbosa dos Santos, de 34 anos, atingindo por mais de 20 tiros em Anápolis, no dia 2 de janeiro deste ano. Segundo informado, o crime foi ordenado por detentos, que escolheram a vítima de forma “aleatória”. Um regime mais rígido implantado no presídio da cidade motivou o homicídio.
Segundo o delegado Vander Coelho Júnior, responsável pelo caso, houve uma troca da equipe de servidores penitenciários após a Operação Regalia, deflagrada pelo MP no final do ano passado para investigar privilégios dados a presos.
A situação irritou os reeducandos que eram beneficiados pelo esquema. A nova direção adotou uma postura mais rígida. A partir de então, os presos resolveram matar membros dos serviços de segurança.
“Primeiramente, os presos teriam solicitado a execução de dois policiais militares. Como não conseguiram, deliberaram pela morte de agentes prisionais. Escolheram de forma aleatória: o primeiro agente que deixasse o plantão naquele dia seria executado”, explicou o delegado.
Quatro detentos e mais quatro homens foram indiciados pelo crime. Entretanto, dois dos envolvidos na morte de Eduardo também foram mortos. Inclusive, o executor foi assassinado três dias depois por um comparsa como “queima de arquivo”.
Outro que o auxiliou também foi morto em um confronto com a Polícia Militar no último dia 23 de fevereiro.
Os envolvidos responderão pelo homicídio, cuja pena em caso de condenação varia entre 12 e 30 anos.
Um dia após a morte de Eduardo, o também agente e ex-supervisor do Presídio de Anápolis Ednaldo Monteiro também foi executado a tiros quando ia comprar flores para o velório do colega.
O delegado, no entanto, disse que o inquérito sobre a morte de Ednaldo segue em investigação por meio da força-tarefa instaurada para realizar o trabalho.
Monteiro era supervisor de segurança da Unidade Prisional de Anápolis, mas foi afastado do cargo após ser preso em novembro durante a segunda fase da Operação Regalia, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Segundo os promotores, ele e outros servidores recebiam propina em troca de regalias aos detentos. Em dezembro, a vítima conseguiu a liberdade provisória.


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