Economia

Aneel aprova, por unanimidade, venda da Enel Distribuição Goiás para a Equatorial Energia

Decisão confirma informação antecipada pelo governador Ronaldo Caiado, na última quarta-feira (30), em Brasília. Plano de transferência garante manutenção regular do serviço e também que não haverá reajuste na tarifa.

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Secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, sobre venda da Enel Distribuição Goiás para a Equatorial Energia: “A Aneel agiu com responsabilidade, preservando o interesse do consumidor”. Foto: Wesley Costa.

Por unanimidade, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (06), o plano de transferência da Enel Distribuição Goiás para a Equatorial Energia. Os diretores da agência seguiram o relator Hélvio Guerra, que havia divulgado seu voto ontem à noite. Cumpridos os ritos legais, a expectativa é que a Equatorial assuma o fornecimento de energia elétrica no Estado a partir de 1º de janeiro de 2023. Na última quarta-feira (30), após reunião com o presidente da Aneel, Sandoval de Araújo, em Brasília, o governador Ronaldo Caiado antecipou que a operação estaria em pauta e seria aprovada pela estatal nesta data.

Durante a leitura de seu voto, Hélvio Guerra recapitulou que houve inúmeras reuniões, não só com a Equatorial, mas também com a Enel e áreas técnicas. “O processo foi muito discutido, inclusive com a presença do governador Ronaldo Caiado. Pelo menos que eu tenha participado, foram duas reuniões para tratar desse assunto que é de importância para o cidadão que vive no Estado de Goiás. O consumidor é o protagonista de tudo que estamos fazendo aqui e deve ser bem atendido”, afirmou o relator.

Em coletiva de imprensa, o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, comentou a decisão da Aneel e a expectativa do Governo de Goiás de uma melhora contínua na distribuição de energia elétrica para os goianos. “A Aneel agiu com responsabilidade, preservando o interesse do consumidor. Agora, o papel do Estado de Goiás será acompanhar de perto essa transição, observando como a Equatorial vai se comportar e tentando apresentar as prioridades que temos, pois são muitas ações na área de energia que precisam de melhora”.

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Adriano, contudo, ponderou que os reais resultados da transição dependem de investimentos e de uma série de ações, o que leva tempo. “Não há mágica. Não é que simplesmente mudou o nome da empresa e, de repente, está funcionando tudo bem”, observou. “O que o consumidor pode esperar – e é o que o governo espera também e vai acompanhar e cobrar – é uma melhora constante”, acrescentou.

Sem reajuste

O presidente da Agência Goiana de Regulação (AGR), Wagner Oliveira Gomes, que participou em Brasília da reunião da diretoria colegiada da Aneel, destacou que o plano aprovado cria as condições para que a mudança se dê com a garantia da regular prestação dos serviços, uma vez que a Enel não vinha cumprindo as metas e atendendo aos indicadores de qualidade. “Nessa nova etapa, a AGR assume papel importante de acompanhar a transferência do controle acionário da Enel para a Equatorial”, afirmou.

Outro aspecto importante observado pelo presidente da AGR é que nesse processo de transferência do controle acionário, foi afastada a possibilidade de revisão tarifária extraordinária, como ocorre nesses casos. “As tarifas permanecem as mesmas, havendo assim uma proteção ao direito dos consumidores de energia no Estado de Goiás”, comentou.

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O plano de transferência aprovado pela Aneel concede 120 dias para implementação da operação, a contar da data de publicação do despacho, bem como prazo de 30 dias para a concessionária enviar à Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF) cópia autenticada dos documentos comprobatórios da formalização da operação, a contar da data de sua efetivação. Além do relator, compuseram a mesa o Diretor-Geral, Sandoval de Araújo Feitosa Neto; diretores Ricardo Lavorato Tili, Agnes Maria de Aragão da Costa e Fernando Luiz Mosna Ferreira da Silva; Secretário-Geral, Carlos Eduardo Carvalho Lima, e procurador-Geral, Luiz Eduardo Diniz Araujo.

Histórico

A Enel Distribuição Goiás foi vendida para a Equatorial no dia 23 de setembro deste ano por R$1,6 bilhão. A empresa possui cerca de 3,3 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios e estava no mercado goiano desde 2016, quando arrematou a Celg-D em lance único de R$2,1 bilhões.

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ECONOMIA

Usinas bioenergéticas realizam encontro estratégico para a safra 2025

CRV Industrial e Rubi S.A. reúnem líderes para desenvolver planejamento.

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CRV Industrial e Rubi S.A realizaram um workshop estratégico para planejar a safra 2025. Fotos: João Lima.

As usinas bioenergéticas CRV Industrial, com unidades em Carmo do Rio Verde (GO) e Capinópolis (MG), e a Rubi S.A, presente em Rubiataba e Uruaçu (GO), realizaram um encontro estratégico para planejar as ações voltadas à safra 2025. O workshop aconteceu na última semana e reuniu líderes das áreas agrícola, industrial e administrativa das empresas.

Para embasar o planejamento, foi aplicado um questionário que coletou insights e percepções dos gestores sobre diferentes aspectos da empresa. A partir dessa ferramenta, foram estabelecidas diretrizes estratégicas de curto, médio e longo prazo, com metas claras para cada setor.

A missão das usinas – “Produzir açúcar, biocombustíveis e energia a partir de fontes renováveis, com respeito às pessoas e ao meio ambiente” – foi um dos principais temas debatidos no encontro. Os participantes discutiram a importância de alinhar missão, visão e valores às novas demandas do mercado e às projeções futuras do setor. Também foram analisadas tendências de mercado, concorrência e regulamentações que podem impactar o negócio.

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E para enriquecer as discussões, os departamentos envolvidos apresentaram cases de sucesso e iniciativas simples, mas eficazes, que podem ser implementadas em todas as unidades, promovendo maior qualidade na execução das atividades, economia de recursos e aprimoramento contínuo dos processos.

Mão de obra

Outro tema central do planejamento foi a gestão de pessoas, com foco na retenção de talentos. Segundo a Superintendente de Gestão Integrada das usinas, Marcilene Cristina, o desafio de encontrar e manter mão de obra qualificada na região tem sido um ponto de atenção.

“Quando planejamos a safra, conseguimos antecipar desafios e gargalos, permitindo que tudo ocorra em conformidade. O principal destaque desse encontro foi a retenção de talentos, considerando a dificuldade que temos enfrentado na contratação de profissionais na nossa região”, destacou Marcilene.

Além da gestão de talentos, o encontro também abordou a necessidade de investimentos em infraestrutura, tecnologia e capital humano para fortalecer o crescimento sustentável das usinas. O planejamento estratégico traçado servirá como um guia para garantir eficiência operacional e competitividade no setor bioenergético.

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