Apex lança programa para divulgação do agro brasileiro no exterior

Publicados


A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) lançou, hoje (14), o segundo ciclo do Programa de Imagem e Acesso a Mercados do Agronegócio Brasileiro (PAM-Agro). O objetivo é “qualificar a imagem do agronegócio brasileiro no exterior, posicionando o Brasil como referência global na produção agropecuária sustentável e reforçando o papel do país como potência agroambiental”.

Um dos focos do programa é melhorar a percepção junto aos países europeus, não só para a consolidação do acesso dos produtos brasileiros àqueles mercados, mas para que reverbere nos demais destinos mundiais de interesse do agronegócio brasileiro. O Mercosul e a União Europeia fecharam um acordo de livre comércio em 2019, mas a entrada em vigor ainda depende da aprovação dos parlamentos e governos nacionais dos 31 países envolvidos.

Para o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, há um cenário complexo no qual se insere as dinâmicas do comércio agropecuário e a imagem do agronegócio brasileiro. Segundo ele, por exemplo, é crescente a importância que se dá à sanidade alimentar no pós-pandemia da covid-19. “Percepções equivocadas sobre o produto brasileiro poderão resultar no uso, como barreira não tarifária, de padrões técnicos sanitários e fitossanitários, inclusive com exigência de certificação, rastreabilidade e requisitos probatórios”, disse.

Leia Também:  Captação da poupança cai pela primeira vez desde janeiro

Segundo França, diversos países europeus já começaram a aprovar legislações nesse sentido. Dessa forma, para ele, é importante defender o conjunto de normas que rege o setor no Brasil e a credibilidade das instituições regulatórias brasileiras.

O ministro chamou atenção para as barreiras ambientais ao comércio. “Atualmente, argumentos ambientais constituem ameaça forte e injusta à reputação do agronegócio brasileiro”, disse, acrescentando que “temas como desmatamento de florestas tropicais e uso de defensivos agrícolas têm potencial de condicionar o mercado de maneira equivocada e distorcida, comprometendo o acesso do produtor brasileiro a grandes mercados”.

Segundo o ministro, países europeus estão aumentando a responsabilidade de empresas em comprovar os padrões ambientais em suas cadeias de fornecimento. Nesse sentido, para França, é preciso evidenciar também, as dimensões humana e socioeconômica da agropecuária, além da ambiental, e “seu entrelaçamento com os modos de vida, subsistência e prosperidade de populações locais”.

“Estamos particularmente preocupados com a disseminação, perante a opinião pública nos grandes mercados internacionais, de uma visão reducionista que restringe a sustentabilidade apenas ao pilar ambiental, ignorando as vertentes social e econômica, que são absolutamente incontornáveis”, argumentou.

Leia Também:  Ipea aponta avanço de 3,4% em investimentos em julho

O PAM-Agro é um esforço coletivo entre o poder público e organizações privadas do agronegócio. Serão mobilizados recursos humanos e financeiros para pesquisar e mapear aliados externos, implementar ações de comunicação e eventos e inovar nos meios de engajamento para impulsionar as exportações brasileiras.

Em 2020, no contexto da pandemia da covid-19, o agronegócio respondeu por quase metade das exportações brasileiras, 48%. No primeiro semestre deste ano, as exportações do setor somaram US$ 72,7 bilhões, o maior valor da história para o período, segundo o ministro Carlos França.

Edição: Fernando Fraga

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

ECONOMIA

Dólar aproxima-se de R$ 5,19 com exterior e novas metas fiscais

Publicados

em

Num dia de tensões domésticas e externas no mercado financeiro, o dólar aproximou-se de R$ 5,19 e fechou no maior nível em mais de um ano. A bolsa de valores caiu quase 0,5% e teve o quarto recuo consecutivo.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (15) vendido a R$ 5,185, com alta de R$ 0,064 (+1,24%). A cotação operou em alta ao longo de toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 14h30, aproximou-se de R$ 5,21.

A cotação está no maior valor desde 27 de março do ano passado, quando tinha sido vendida a R$ 5,20. Em 2024, o dólar sobe 6,85%.

O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.334 pontos, com queda de 0,49%. Com queda de 6,6% no ano, o indicador está no menor nível desde 17 de novembro de 2023.

Tanto fatores domésticos como internacionais afetaram o mercado financeiro nesta segunda-feira. No cenário interno, a mudança da meta fiscal para 2025, com a manutenção do déficit primário zero em vez de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano, foi mal recebida pelos investidores.

Leia Também:  Estabilidade e volatilidade definirão preços da Petrobras

Os principais fatores que provocaram turbulências, no entanto, são externos. O agravamento das tensões entre Irã e Israel e o aquecimento da economia norte-americana fizeram o dólar subir em todo o planeta. As vendas no varejo nos Estados Unidos subiram acima do previsto em março, o que diminui as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) começar a reduzir os juros em julho.

Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Em relação ao petróleo, a cotação do barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, caiu 0,21% para US$ 90,21, apesar do bombardeio iraniano a Israel.

* Com informações da Reuters

Fonte: EBC Economia

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA