Atendimento por síndromes gripais tem redução de 60% no RJ

Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro aponta que a média móvel nos atendimentos às síndromes gripais, que inclui a covid-19, nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do estado teve queda de 60% na última semana.
A análise mostra que entre os dias 20 a 26 de janeiro a média móvel foi de 4.089 atendimentos diários. Já entre os dias 27 e 30 de janeiro, a média móvel ficou em 1.670 atendimentos diários de síndromes gripais.
“Estamos começando a observar que os indicadores precoces para covid-19 estão reduzindo. Reflexo disso é a diminuição nos atendimentos de síndrome gripal nas UPAS e a taxa de positividade dos testes para covid-19. A Ômicron já chegou ao pico e agora está em queda. Em algumas regiões, já temos redução nos casos e internações”, disse, em nota, o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe.
Para combater a circulação da variante Ômicron e o aumento dos casos de covid-19, a secretaria ativou o plano de contingência para a doença revertendo 397 leitos em janeiro e abrindo 13 centros de testagem em UPAs e hospitais estaduais, além do megacentro de testagem no Maracanã.
Ainda segundo a pasta, também foram distribuídos mais de 2 milhões de testes para detecção da covid-19 para os 92 municípios do estado. Nessas unidades, a taxa de positividade chegou a quase 50% e, nesta quinta-feira (3), estava em 12%.
A campanha de imunização contra a covid-19 continua avançando no estado, segundo a secretaria. Além da dose de reforço para pessoas com 12 anos de idade ou mais, a vacinação das crianças de 5 a 11 anos de idade também está sendo realizada nos 92 municípios do estado. Até esta terça-feira (1), foram registradas 91.345 crianças imunizadas contra a covid-19 no estado. Os dados representam 6% do total do público-alvo.
“Fazemos um alerta para que os pais e responsáveis levem as crianças aos postos para receberem a imunização. As vacinas são seguras e ajudam a reduzir os casos graves e óbitos pela doença”, disse o secretário.
Edição: Fernando Fraga


SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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