Aumento da Demanda por Etanol Impulsiona Produção de Cana-de-Açúcar no Brasil

A recente sanção da Lei do Combustível do Futuro pelo Governo Federal marca um novo capítulo para o setor sucroenergético brasileiro. Com o objetivo de acelerar a transição para fontes de energia mais limpas, a legislação prevê uma elevação gradual na mistura de etanol à gasolina, que poderá chegar a até 35%. A medida promete atrair investimentos de até R$200 bilhões e ampliar a demanda por etanol, impactando diretamente a produção de cana-de-açúcar, principal matéria-prima para a fabricação do biocombustível.
O papel das tecnologias na otimização da produção
Diante desse cenário de crescimento da demanda por etanol, o aprimoramento da produtividade na produção de cana-de-açúcar se torna crucial. Fabio Perna, Diretor Comercial e de Serviços da divisão de Autonomy & Positioning da Hexagon, destaca que as tecnologias avançadas são fundamentais para aumentar a eficiência no setor, sem a necessidade de ampliar significativamente as áreas cultivadas. Entre as soluções mais eficazes estão os sistemas de planejamento agrícola, monitoramento em tempo real e otimização da logística.
Planejamento estratégico para maximizar o rendimento
Para Perna, um bom planejamento agrícola é a base para o aumento da produtividade. “Com o uso de dados georreferenciados e análises preditivas, os sistemas permitem identificar as áreas de maior potencial produtivo e planejar de forma integrada as etapas de plantio, tratos e colheita”, explica. Essas ferramentas também ajudam a otimizar o uso de recursos como água, fertilizantes e combustível, reduzindo desperdícios.
A tecnologia também é crucial para determinar o momento ideal para a colheita. Segundo Perna, a cana-de-açúcar é uma planta com comportamento cíclico, variando conforme as condições climáticas. Durante períodos de seca, a concentração de açúcar na planta aumenta, tornando esse o momento mais adequado para a colheita. O planejamento estratégico considera ainda fatores como curvas de maturação, previsões meteorológicas e demandas industriais.
Monitoramento em tempo real: eficiência operacional e rastreabilidade
O monitoramento em tempo real é outro ponto-chave para aumentar a produtividade e reduzir custos. Dispositivos embarcados em máquinas agrícolas possibilitam um controle preciso de todas as operações, desde o plantio até a colheita, assegurando que os insumos sejam aplicados de forma uniforme. Além disso, o monitoramento garante a rastreabilidade, proporcionando maior transparência na produção e facilitando o controle da eficiência das operações.
“Essas tecnologias não apenas aumentam a produtividade, mas também ajudam a reduzir custos operacionais e a garantir a qualidade do produto final”, afirma Perna.
Logística otimizada: o desafio da colheita e transporte
A logística é um dos maiores desafios no setor de cana-de-açúcar. Perna destaca que, para enfrentar esse desafio, as tecnologias de gestão dinâmica são fundamentais. Elas permitem otimizar o transporte da cana até as usinas, ajustando rotas e alocando recursos de forma eficiente. O uso de algoritmos inteligentes de alocação ajuda a reduzir o tempo de colheita e transporte, o que, por sua vez, diminui os custos com combustível e mão de obra.
Integração de tecnologias: agilidade para os operadores
Uma das vantagens das tecnologias modernas é sua integração em um único sistema. Perna observa que, no mercado atual, as máquinas agrícolas muitas vezes possuem diversos displays para cada tecnologia, o que pode dificultar a operação. “A integração dessas tecnologias em um único equipamento de bordo facilita a experiência do operador, tornando as operações mais ágeis e eficazes”, conclui.
Agricultura de precisão: avanços e desafios
A agricultura de precisão é uma das grandes aliadas da produtividade no agronegócio. Tecnologias como piloto automático e controle automatizado de fertilização têm permitido otimizar o uso de insumos e melhorar a qualidade das colheitas. No entanto, a cintilação ionosférica, intensificada pelo atual ciclo de alta atividade solar, pode comprometer a precisão dos sistemas de navegação e controle.
Para mitigar esses efeitos, Perna destaca a importância de soluções de correção de sinal, como o TerraStar, desenvolvido pela NovAtel, marca do Hexagon. Essas soluções garantem precisão de até 2,5 centímetros, oferecendo a confiabilidade necessária para que as operações agrícolas de alta precisão sejam bem-sucedidas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Previsão do IBGE para Safra 2025: Aumento de 10,6% em Relação a 2024

Em fevereiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou suas projeções para a safra de 2025, que totaliza 323,8 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, representando um aumento de 10,6% em comparação à produção de 2024, que foi de 292,7 milhões de toneladas. A previsão é de um acréscimo de 31,1 milhões de toneladas, embora a estimativa seja 0,5% inferior à de janeiro, com uma queda de 1,6 milhão de toneladas.
A área a ser colhida em 2025 será de 81,0 milhões de hectares, um crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior, o que equivale a 1,9 milhão de hectares a mais. Em comparação a janeiro, houve um pequeno aumento de 28.921 hectares, ou 0,0%.
Os três principais produtos que compõem a estimativa de safra são arroz, milho e soja, os quais, somados, representam 92,9% da produção prevista e ocupam 87,5% da área a ser colhida. A área destinada à produção de algodão herbáceo (em caroço) cresceu 3,2%, enquanto o arroz em casca teve um aumento de 7,1%. Outros produtos, como feijão, soja e milho, também apresentaram variações significativas em suas áreas cultivadas e estimativas de produção.
Entre os destaques da estimativa estão a soja, com uma previsão de 164,4 milhões de toneladas, e o milho, que deve alcançar 124,8 milhões de toneladas (com 25,3 milhões de toneladas na primeira safra e 99,5 milhões de toneladas na segunda safra). Já a produção de arroz é estimada em 11,5 milhões de toneladas, a de trigo em 7,2 milhões de toneladas, a de algodão herbáceo (em caroço) em 9,0 milhões de toneladas, e a de sorgo em 4,1 milhões de toneladas.
Variação Regional da Produção e Participação por Estado
Em relação às variações anuais de produção por região, o Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Nordeste e Norte apresentaram aumentos na produção, destacando-se o Sul, com 11,7% de crescimento. No entanto, as variações mensais indicaram declínios nas produções do Norte e Sul, enquanto o Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste registraram acréscimos.
Mato Grosso segue como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 29,8%, seguido por Paraná (13,6%), Goiás (11,5%), Rio Grande do Sul (11,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,6%). Esses estados juntos respondem por 79,8% da produção total do país. As regiões Centro-Oeste e Sul dominam a produção, com participações de 49,4% e 27,0%, respectivamente.
Destaques por Produto na Estimativa de Fevereiro de 2025
Em relação ao mês de janeiro, a produção de diversos produtos apresentou variações. O café canephora teve um aumento de 1,5%, e a produção de arroz cresceu 0,7%. Já a produção de milho da segunda safra aumentou 0,6%, enquanto a batata da segunda safra teve uma pequena elevação de 0,3%. Por outro lado, houve quedas na produção de batata da primeira safra (-4,8%), feijão da primeira safra (-1,9%) e soja (-1,3%).
As estimativas de produção também variaram significativamente entre os estados. Goiás, Minas Gerais e Paraná foram os estados com as maiores variações absolutas positivas, enquanto o Rio Grande do Sul, Rondônia e Alagoas registraram quedas em suas previsões.
Perspectivas para Produtos Específicos
- Arroz (em casca): A produção foi estimada em 11,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,7% em relação ao mês anterior e de 9,0% em relação a 2024. O crescimento na área plantada se deve à atratividade dos preços da cultura.
- Batata-inglesa: A produção deve alcançar 4,3 milhões de toneladas, uma redução de 2,2% em relação ao mês de janeiro, com São Paulo apresentando uma queda de 16,8% na estimativa de produção.
- Café (em grão): A produção total de café, considerando as espécies arábica e canephora, foi estimada em 3,2 milhões de toneladas. A produção de café arábica teve uma queda de 12,8% em relação a 2024, refletindo uma bienalidade negativa. Já o café canephora apresentou crescimento de 4,9%.
- Cereais de inverno (em grão): Para o trigo, a produção foi estimada em 7,2 milhões de toneladas, com uma queda de 3,8% em relação ao ano passado. A produção de aveia e cevada, por outro lado, mostrou um pequeno aumento.
- Feijão (em grão): A produção de feijão foi estimada em 3,4 milhões de toneladas, um crescimento de 9,6% em relação a 2024, atendendo completamente ao consumo interno do Brasil.
Essas estimativas refletem a dinâmica da agricultura brasileira, com variações importantes tanto em termos de área plantada quanto de produção, com destaque para a soja e o milho, que continuam a dominar o cenário agrícola nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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