Bahia Projeta Crescimento de 25% na Produção de Mamona para a Safra 2024/2025

A Bahia, maior produtora de mamona do Brasil, estima um aumento significativo na produção para a safra 2024/2025. De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri Ba), o estado prevê um crescimento de 25% na produção total, que deverá alcançar 108,6 mil toneladas.
Expansão da Área de Cultivo e Aumento da Produtividade
O último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a área dedicada ao cultivo de mamona na Bahia crescerá 9,5%, passando de 58 mil hectares para 63,5 mil hectares. Além disso, a produtividade média deverá registrar um aumento de 14%, saltando de 1.500 quilos por hectare para 1.710 quilos por hectare.
Preços Altos Estimulam o Crescimento
Esse aumento na produção está sendo impulsionado, em grande parte, pela valorização da mamona. O preço da saca da oleaginosa subiu 36,5% entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, passando de R$ 199,70 para R$ 272,50. Esse crescimento nos preços tem incentivado os produtores a ampliar as áreas cultivadas, o que contribui diretamente para a previsão de expansão na safra.
Região de Irecê e Potencial de Sustentabilidade
A maior parte da produção de mamona da Bahia está concentrada na região de Irecê, localizada no centro-norte do estado, com destaque para os municípios de Canarana, Ibititá, Barro Alto e Mulungu do Morro. A mamona produzida no estado é principalmente destinada à indústria de óleo, enquanto suas cascas e tortas são aproveitadas como adubo orgânico.
Além disso, pesquisas em andamento buscam avaliar a utilização desses coprodutos na alimentação animal, o que pode ampliar ainda mais o potencial econômico e sustentável da cultura, consolidando a mamona como um importante produto agrícola para a Bahia e o Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Exportações de Frutas Brasileiras Crescem 49% em Volume nos Últimos Dez Anos

As exportações de frutas frescas e secas pelo Brasil registraram um aumento de 49% em volume nos últimos dez anos, de acordo com dados do Agrostat – Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em 2014, o País exportou 733,2 milhões de toneladas de frutas, enquanto em 2024 esse número subiu para 1,1 bilhão de toneladas.
Embora o crescimento das exportações de frutas seja inferior ao total das exportações do agronegócio, o volume alcançado sublinha a relevância da fruticultura para a economia brasileira, setor este que, em grande parte, é baseado na produção familiar e é responsável por gerar empregos, agregar valor aos produtos e diversificar a economia agrícola.
No total, as exportações do agronegócio brasileiro cresceram 87% em volume, passando de 140,8 bilhões de toneladas em 2014 para 264,2 bilhões no ano passado. “As frutas têm grande relevância para o agronegócio e para a agricultura brasileira. Embora a maior parte da produção seja consumida internamente, as exportações destacam a importância dos fruticultores no competitivo mercado global”, afirma Renato Francischelli, Country Director da Ascenza Brasil.
De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil ocupa a terceira posição mundial na produção de frutas, com 2,5 milhões de hectares plantados e cerca de 5 milhões de empregos gerados. Em 2023, a produção brasileira foi de 43 bilhões de toneladas, conforme dados da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
Em termos financeiros, a exportação de frutas gerou US$ 1,3 bilhão para o Brasil em 2024, comparado a US$ 840,8 milhões em 2014. No mesmo período, o total das exportações do agronegócio brasileiro somou US$ 164,4 bilhões, um aumento substancial em relação aos US$ 140,8 bilhões de dez anos atrás.
As frutas frescas mais exportadas foram manga, limão e lima, melão, mamão e melancia. No entanto, culturas como banana, maçã e uva sofreram impactos negativos devido a condições climáticas adversas, resultando em desempenhos menos satisfatórios. Além do clima, fatores como a burocracia na abertura de novos mercados, a taxação e as exigências de segurança fitossanitária também têm dificultado o crescimento das exportações, segundo a Abrafrutas.
Os principais destinos das frutas brasileiras no exterior foram os Países Baixos, com 37% das exportações, seguidos por Reino Unido (15%), Estados Unidos (13%) e Espanha (10%). Na América do Sul, a Argentina respondeu por 3,3% das exportações em 2024.
A exportação tem se mostrado um fator importante para os fruticultores, pois aumenta a demanda e fortalece a economia local. Além disso, proporciona diversificação nas vendas ao exterior, garantindo oferta contínua de produtos durante o ano todo. O Brasil tem se consolidado como um importante player no agronegócio global, ampliando sua presença nos mercados internacionais e reforçando sua imagem como exportador de produtos de alta qualidade.
Muitas das frutas exportadas provêm de pequenos e médios produtores que, com práticas sustentáveis, recebem incentivos para manter elevados padrões de qualidade. Para 2025, espera-se que as exportações de frutas sigam em expansão, impulsionadas pela valorização do dólar e pela recuperação de algumas culturas.
O Cepea destaca que os principais desafios do setor incluem a necessidade de agregar valor aos produtos e adotar tecnologias para mitigar os impactos das condições climáticas adversas. Além disso, a Abrafrutas está fortalecendo sua parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para expandir as exportações, com ações estratégicas voltadas para consolidar a presença do Brasil no mercado internacional de frutas. O objetivo é aumentar o volume das exportações e ampliar a base de clientes, reforçando a competitividade do País no mercado global e destacando seus produtos como referência em qualidade e inovação.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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