Baixos estoques impulsionam alta do café nas bolsas internacionais

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Os preços do café operam em alta nas bolsas internacionais na manhã desta quarta-feira (19), impulsionados pela escassez de estoques tanto no Brasil quanto no mercado global. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta reduzida, especialmente do café arábica, tem sustentado a valorização do grão. Além disso, a projeção de uma safra brasileira modesta em 2025/26, somada à demanda aquecida, reforça a tendência altista.

No campo, as lavouras de arábica avançam para as fases finais de desenvolvimento, mas o clima quente e a redução da umidade nesta semana preocupam os produtores.

Por volta das 9h (horário de Brasília), o contrato de arábica para março/25 registrava alta de 730 pontos, cotado a 426,30 cents/lbp. O vencimento para maio/25 subia 1.080 pontos, negociado a 416,05 cents/lbp, enquanto o contrato de julho/25 avançava 1.065 pontos, alcançando 400,95 cents/lbp. Já o contrato para setembro/25 tinha valorização de 925 pontos, sendo comercializado a 386,05 cents/lbp.

No mercado de robusta, os contratos também operavam em alta. O vencimento para março/25 subia US$ 32, atingindo US$ 5.770 por tonelada. Para maio/25, a valorização era de US$ 44, com a tonelada cotada a US$ 5.765. O contrato de julho/25 registrava ganho de US$ 45, negociado a US$ 5.723 por tonelada, enquanto o de setembro/25 avançava US$ 42, chegando a US$ 5.651 por tonelada.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Inovação no Cerrado: Startup Desenvolve Índice de Maturidade Microbiológica para Latossolos

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A startup Biotech B4A, que integra o projeto Agro Bioma Brasil, concluiu um estudo inovador sobre a avaliação microbiológica dos latossolos do cerrado brasileiro. A pesquisa resultou na criação de um banco de dados abrangente e no desenvolvimento do primeiro índice de qualidade microbiológica do solo, fundamentado em metagenômica, no Brasil. Esta conquista traz avanços significativos para o biomonitoramento da microbiota do solo nos sistemas de soja presentes nesse bioma.

O estudo, realizado ao longo de um ano em colaboração com produtores rurais e consultorias, envolveu a coleta de amostras de solo de diversas regiões do cerrado, incluindo áreas com solos saudáveis e degradados. As coletas foram feitas com base na indicação dos próprios produtores, que apontaram talhões mais produtivos, aqueles que já adotam práticas de manejo regenerativo, bem como as áreas em processo de degradação, que passaram por uso intenso de defensivos, fertilizantes químicos e pastagem. Além disso, a pesquisa incluiu a obtenção de dados físico-químicos e imagens de satélite.

De acordo com Robert Cardoso de Freitas, Chief Technology Officer (CTO) da B4A e Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental, uma análise multivariada foi realizada para entender as variações possíveis nos microbiomas do cerrado. “Essa análise nos revelou diferentes composições que se assemelham em aspectos ecológicos. Utilizando os dados fornecidos pelos produtores, associamos essas composições ao histórico de uso das áreas, a fim de entender se são reflexo de práticas regenerativas ou tradicionais”, explicou Cardoso.

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O estudo avançou ainda mais ao classificar os microbiomas em uma escala que indica o grau de maturidade microbiológica do solo, variando de C- a A+. A comparação entre talhões classificados como C e A revelou diferenças de produtividade de até 30%, além de uma relação linear com o acúmulo de matéria orgânica e fósforo disponível para as plantas.

Essa classificação permitirá que os produtores realizem manejos mais assertivos do solo. “Solos classificados no nível C apresentam fortes evidências de impactos físicos e químicos inadequados que prejudicam diversos microrganismos benéficos. Tais solos são caracterizados por problemas como acidificação, salinização e compactação. Já microbiomas no nível B não apresentam sinais de degradação severa, mas têm desbalanceamentos no uso de nutrientes e carbono, prejudicando a maturação completa. Por fim, no nível A, as comunidades microbiológicas são altamente resilientes e capazes de se autorregular, inibindo patógenos”, detalhou Cardoso. O especialista enfatizou que características edafoclimáticas sempre devem ser consideradas ao classificar a maturidade microbiológica, o que torna a estratificação de dados tão relevante para a precisão dos diagnósticos e manejos.

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A análise do microbioma do solo já é uma prática consolidada entre os produtores rurais, sendo um parâmetro fundamental para a adoção de práticas regenerativas e o uso de bioinsumos. “O diagnóstico é simples: enviamos um kit para o produtor, que coleta as amostras e as envia de volta. Realizamos a extração de DNA e sequenciamento de fungos e bactérias. Esse processo evolui o trabalho laboratorial com a inteligência de análise de dados, tornando os resultados mais aplicáveis na prática”, explicou Cardoso.

A coleta pode ser feita em qualquer período da operação agrícola, mas, por questões práticas, os momentos de entressafra são os mais indicados. Os resultados laboratoriais ficam disponíveis para os produtores entre 30 e 45 dias após o envio das amostras.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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