Bares e restaurantes esperam faturamento maior no Dia da Mães

Pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que 79% dos empresários do setor estão otimistas em relação ao Dia das Mães e esperam faturamento maior na data em relação ao ano passado. O levantamento ouviu, de 25 de abril a 7 de maio, 1.815 donos de estabelecimentos de todos os portes em todos os estados.
Para 11% dos entrevistados, a expectativa é de que o faturamento cresça até 5%; 19% esperam aumento de 6% a 10%; 17% afirmaram que a elevação será de 11% a 20%; 13% têm expectativa de crescimento de 21% a 30%; e 19% esperam aumento acima de 30%.
Já para 14% das empresas consultadas, o faturamento não deve apresentar alteração em relação ao ano anterior. Os que esperam queda nas vendas são 7%.
“O Dia das Mães é uma das duas datas mais importantes para o nosso setor, junto com o Dia dos Namorados. O otimismo é grande em aumentar o faturamento, mas com os pés no chão, tanto que mais da metade de quem espera aumento diz que será de até 20%. Ainda estamos em uma situação crítica, com muitos estabelecimentos operando sem lucro mês após mês”, destacou, em nota, o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.
Desempenho em março
A pesquisa mediu também a situação em relação ao desempenho no mês de março: 27% dos empresários do setor disseram ter tido prejuízo no terceiro mês do ano. O índice é 3% menor do que o registrado em fevereiro. Os negócios registraram lucro em 37% dos estabelecimentos, e 36% afirmaram que não tiveram lucro nem prejuízo.
O levantamento detectou ainda um pequeno crescimento no número de empresas com dívidas em atraso: em março, esse índice foi de 41% contra 40% no mês anterior. A maioria dos bares e restaurantes que tem dívidas possui atrasos em relação a impostos federais: 76%.
Fonte: EBC Economia


ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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