Barômetros Globais da Economia estabilizam em nível elevado

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Indicadores que permitem analisar o desenvolvimento econômico global, os Barômetros Econômicos Globais recuam em julho. Mesmo com o recuo, os indicadores continuam em patamar elevado, compatível com a sustentação da fase de recuperação do nível de atividade econômica mundial em 2021. A análise é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) no documento Barômetros Econômicos Globais, divulgado hoje (9).

Enquanto o Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica, o Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Esses indicadores se baseiam nos resultados de pesquisas de tendências econômicas realizadas em mais de 50 países. A intenção é ter a cobertura global mais ampla possível.

O Barômetro Econômico Global Coincidente recuou 8,6 pontos em julho, para 128,6 pontos, após acumular alta de 42 pontos entre março e junho. Já o Barômetro Econômico Global Antecedente recuou 8,7 pontos, para 124,5 pontos.

Segundo o pesquisador do FGV/Ibre, Paulo Picchetti, o desempenho dos Barômetros Globais acumulado desde o início do ano mostra recuperação consistente ao longo das regiões e setores, na esteira da retomada de atividades ligadas a comércio e serviços possibilitada pelo avanço da imunização.

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“Por outro lado, o impacto de alguns desafios sobre os dados correntes e expectativas acarreta o recuo dos Barômetros no mês de julho. Além das preocupações sobre variantes do vírus, as restrições de oferta por parte de vários insumos fundamentais para a atividade industrial levantam preocupações sobre a dinâmica dos preços, e a consequente normalização da política econômica”, avaliou Picchetti, em nota.

Barômetro Coincidente

A região do Hemisfério Ocidental é a que mais contribui para a queda do Barômetro Global Coincidente, com 4,2 pontos, seguida pela Ásia, Pacífico e África e Europa, com 3,3 e 1,1 pontos, respectivamente. A primeira queda dos indicadores regionais desde fevereiro passado pode ser vista como uma desaceleração da taxa de crescimento interanual da economia global neste início de terceiro trimestre de 2021.

Barômetro Antecedente

Os indicadores antecedentes das três regiões contribuem de forma negativa para o resultado do Barômetro Antecedente em junho. O Hemisfério Ocidental é a região que mais contribui para a queda, ao recuar 3,9 pontos, seguida da Ásia, Pacífico & África, com -3,5 pontos, e da Europa, com -1,3 pontos.

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Edição: Maria Claudia

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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