BB tem lucro líquido de R$ 3 bi no 3º trimestre, queda de 27,5%
O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,085 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 27,5% em relação a igual período de 2019. Na comparação com o trimestre anterior, a retração chegou a 3,9%, segundo resultado divulgado hoje (5) pelo banco.
O lucro líquido ajustado, que exclui eventos extraordinários, chegou a R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 5,2% frente ao segundo trimestre deste ano e decréscimo de 23,3% em relação ao terceiro trimestre de 2019.
De acordo com o banco, o lucro foi impactado, na comparação com o terceiro trimestre de 2019, pelo crescimento de 40,5% nas provisões. Na comparação com o trimestre anterior, a índice recuou 6,8%. No acumulado de nove meses, a provisão chegou a R$ 16,9 bilhões, uma elevação de 47,9% sobre igual período do ano passado.
“Diante das incertezas econômicas provocadas pela pandemia, o banco constituiu, de forma conservadora, antecipação prudencial de provisões de crédito, em um valor de R$ 2 bilhões neste trimestre, ainda que o índice de inadimplência (operações vencidas há mais de 90 dias) em setembro tenha caído em relação ao trimestre anterior e se situado em 2,43%. No acumulado em nove meses, as antecipações prudenciais de provisões totalizaram R$ 6,1 bilhões”, acrescenta o banco.
Receitas com serviços
As receitas com seguros, previdência e capitalização cresceram 11,2% no trimestre e 7,3% em nove meses, na comparação com os resultados de 2019. As receitas de cartão de crédito/débito cresceram 5,6% no terceiro trimestre e caíram 1,7% em nove meses; e com consórcios aumentaram 26% no trimestre e 13,2% no resultado acumulado, chegando a R$ 1,0 bilhão, resultado do recorde histórico de vendas.
As despesas administrativas s cresceram 1,6% no trimestre e 2,3% na visão em nove meses, patamares inferiores à inflação acumulada do período (3,14%).
O Índice de Basileia atingiu 21,21% em setembro, sendo 13,11% de capital principal.
Carteira de Crédito
A carteira de crédito cresceu nos principais segmentos de negócios do banco. A carteira pessoa física cresceu 6,2%, na comparação com setembro de 2019. O crédito consignado evoluiu 15,2% em 12 meses.
A carteira de crédito ampliada empresas cresceu 7,9% na comparação anual e totalizou R$ 274,6 bilhões. O crescimento do crédito para micro, pequenas e médias empresas chegou a 17,9%, em 12 meses.
A carteira rural aumentou 5,3%, totalizando R$ 173 bilhões. Houve elevação nas linhas de custeio agropecuário (16%) e investimento agropecuário (28,9%).
Digital
O BB aprovou investimentos adicionais de R$ 2,3 bilhões, para os próximos três anos, em tecnologia Analytics, para oferecer aos clientes novas experiências com opções mais práticas, seguras e rápidas no mundo digital.
Em setembro deste ano, o número de clientes digitais chegou a 19,5 milhões, um crescimento anual de 33%. As interações no WhatsApp cresceram mais de 500% no mesmo período, atendendo a 3,2 milhões de clientes.
Em setembro, as transações realizadas pelos canais de atendimento internet e mobile representaram 86,7% das efetuadas pelos clientes.
Os canais digitais (internet e mobile) representaram 46,4% do desembolso em crédito pessoal, 12,2% no crédito consignado, 38,4% das aplicações e resgates nos fundos de investimentos e 39,5% na quantidade de operações em serviços.
As soluções digitais também se estendem à pessoa jurídica. São 1,04 milhão de usuários no BB Digital PJ e Mobile PJ.
Edição: Valéria Aguiar
ECONOMIA
Leilão concede empreendimentos de transmissão de energia em 14 estados
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou nesta quinta-feira (28), na B3 (bolsa de valores brasileira), em São Paulo, um leilão para definir as empresas responsáveis pela construção e manutenção de 6,4 mil quilômetros de linhas de transmissão em 14 estados. A previsão é que sejam investidos R$ 18,2 bilhões em 69 empreendimentos, com a geração de 34,9 mil empregos diretos.
Os estados com obras previstas no leilão são Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Segundo a Aneel, dos 15 lotes propostos, seis têm investimento previsto superior a R$ 1 bilhão.
O deságio médio do leilão foi de 40,78%, o que representa uma economia para o consumidor de R$ 30,1 bilhões, de acordo com a agência. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 36 a 72 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou o resultado do leilão. “Estamos trabalhando para transformar o setor de energia elétrica em desenvolvimento econômico e social, garantindo mais segurança energética e oportunidades para a nossa população. Estamos fortalecendo o nosso sistema para escoarmos toda a energia renovável gerada em nosso país”, disse nas redes sociais.
O secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, explicou que as obras contratadas hoje se integram aos leilões anteriores e, possivelmente, aos leilões subsequentes que serão realizados pela Aneel. “Essa infraestrutura visa atender o cenário de crescimento da carga brasileira ao menor custo, utilizando a competitividade das renováveis para essa finalidade.”
Segundo o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, todos os participantes que venceram têm histórico de bons serviços prestados. “Associado a uma fiscalização diligente por parte da Aneel, contribuirão para a entrega das obras dentro do prazo previsto. Em 2024, alcançamos a marca histórica de geração de 200 GW e precisamos de transmissão para escoar toda essa produção. Por essa razão, o cumprimento dos contratos é essencial”, ressaltou.
Lotes
Foram concedidos à iniciativa privada 15 lotes de linhas de transmissão em 14 estados. A Centrais Elétricas do Norte (Eletronorte) arrematou os lotes 1, 3, 5 e 9, para a construção de linhas de transmissão no Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia. As obras visam à expansão da rede básica da área norte do Nordeste para possibilitar o escoamento das usinas já contratadas no região, além de ampliar as margens para conexão de novos empreendimentos de geração e atender ao crescimento da demanda local.
Já a FIP Development Fund Warehouse arrematou os lotes 4, 6 e 14. O Lote 4 é composto por linhas de transmissão nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, para a expansão da rede básica da área leste da Região Nordeste. Já os lotes 6 e 14 são compostos por linhas de transmissão localizadas nos estados da Bahia e Minas Gerais. O objetivo é a expansão do sistema de transmissão da área sul do Nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo para atender à expectativa de contratação de energia proveniente de empreendimentos de geração renovável na região, com destaque para as usinas eólicas e solares.
Os lotes 2, 7 e 13 do do Leilão foram arrematados pela EDP Energias do Brasil. A previsão de linhas de transmissão no Piauí, Tocantins, Bahia e Maranhão, para o escoamento das usinas já contratadas no Nordeste, além de ampliar as margens para conexão de novos empreendimentos de geração e atender ao crescimento da demanda local.
Fonte: EBC Economia
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