Bia de Lima comenta paralisação de profissionais que prestam serviço ao Ipasgo Saúde

Primeira a ocupar a tribuna durante o Pequeno Expediente desta terça-feira, 18, Bia de Lima (PT) afirmou estar preocupada com a situação do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde). Um grupo de médicos e dentistas que prestam serviços à entidade iniciou, hoje, uma paralisação com duração prevista de 48 horas.
A mobilização é iniciativa do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) que, em comunicado, afirmou que a interrupção é uma “advertência” aos gestores responsáveis que “não atenderam à pauta de reivindicações apresentadas pela categoria”. De acordo com a categoria, atendimentos de urgência e emergência não serão afetados.
“Precisamos, mais do que nunca, de atenção ao Ipasgo”, defendeu Bia de Lima. Segundo a ela, sua preocupação é como representante dos servidores públicos, como presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e como servidora pública.
A deputada elogiou a audiência pública proposta por Gustavo Sebba (PSDB) na semana passada para debater o assunto e afirmou que a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) deve seguir cobrando soluções para os problemas apontados.
Ainda durante sua fala, Bia de Lima celebrou o início dos trabalhos parlamentares em 2025 e desejou êxito ao Parlamento goiano. “Que continuemos com o trabalho intenso, propositivo, de diálogos e resultados para a população”, vislumbrou.
Fonte: Assembleia Legislativa de GO


POLÍTICA
“Mulheres contra Assédio contra Mulheres”. Procuradoria especial recebe cartilha pelos direitos femininos

A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), sob o comando da deputada Dra. Zeli (UB), apresentará, nesta quinta-feira, 13, às 13 horas, a campanha denominada “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”. A ação busca a conscientização sobre e o enfrentamento ao assédio contra mulheres e convoca a sociedade para refletir, ativamente, sobre a problemática.
Durante o evento, será realizada a entrega do quadro, feito sob medida para a procuradoria, com o layout temático da campanha. A tela “Meu Cor-de-Rosa Ruiu”, de Ivaan Hansen, associa a falta de liberdade à violência contra a mulher, e ilustra a cartilha desenvolvida para a campanha da Assembleia Legislativa.
O material traz um texto ilustrativo da luta feminina, abordando diferentes cenários em que as mulheres são subjugadas, mas seguem, mesmo frente a todos os desafios, firme em seus ideais.
Confira, na íntegra, o texto para a campanha “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”:
Meu mundo cor de rosa ruiu
Era para ser um conto de fadas. Disseram que seria amor, mas foi medo. Disseram que era proteção, mas era cela. O mundo cor de rosa que lhe prometeram desabou—e nos escombros ficaram hematomas, silêncios forçados e uma história que ninguém quer ouvir. Mas que ecoa.
Ela está ali, diante de nós. O rosto, marcado. O olhar, fundo. Há tristeza, sim. Mas há algo maior. Um braseiro de indignação, um grito de justiça que não aceita mais ser calado. Quem ousa encará-la sente o peso das palavras que nunca lhe deram espaço para dizer.
Acima, uma gaiola de ouro. Imponente, luxuosa—mas prisão. O ouro disfarça, mas não liberta. Dentro, um pássaro ferido. A asa quebrada, o pé machucado, a liberdade negada. O pássaro é ela. Mas não só ela. É um símbolo. Um espectro. Um espelho. Quantas mulheres aprisionadas em promessas de felicidade que se revelam grades douradas? Quantas, feridas, ainda cantam para não enlouquecer?
Ao redor, um fio embaraçoso enreda tudo. Um fio que sufoca, que aperta, que confunde. Quem olha de fora pode até pensar que não há nada ali, que é só um detalhe. Mas quem sente na pele sabe: esse fio pesa mais do que correntes. Esse fio são os insultos, as manipulações, as ameaças veladas, os golpes que vieram depois. Esse fio é o medo que a ensinaram a ter. O silêncio que impuseram a ela.
E ao fundo, fragmentos de uma rosa que já foi inteira. A cor da infância, da esperança, do amor que disseram que duraria para sempre. Agora, despedaçada. Porque promessas não cicatrizam feridas. Porque desculpas não apagam medo. Porque um sonho romântico não sustenta um castelo que sempre foi de areia.
Mas ela ainda está de pé. E seus olhos, feridos, mas vivos, dizem o que ninguém mais pode dizer por ela:
Chega. A gaiola vai ruir. E, desta vez, quem vai voar sou eu.
Fonte: Assembleia Legislativa de GO
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