BMW M235i XDrive Gran Coupé e Mercedes CLA 45 S AMG: nada comuns até nos nomes
Pode parecer coincidência, mas a última vez que a reportagem de iG Carros resolveu fazer um comparativo de carrões, o Brasil também estava em um cenário apocalíptico. Foi em maio de 2018, quando aconteceu a greve dos caminhoneiros e temíamos que os motores V8 de Camaro e Mustang secassem os tanques e nos deixassem a pé.
Agora, em março de 2021, estamos em pleno lockdown da pandemia e no meio de uma crise que levou os preços dos combustíveis às alturas. Mesmo assim, as circuntâncias acabaram levando ao encontro de dois sedãs compactos nada comuns, feitos para poucos e com muita fome por asfalto: BMW M235i XDrive Gran Coupe (R$ 364.950) e Mercedes CLA 45S AMG (R$ 546.900). Os dois são de marcas alemãs, de produção limitada, mas há várias diferenças entre ambos.
Já começa pelos preços, turbinados pela disparada do dólar frente ao real, mas cujo delta de mais de R$ 180 mil é um sinal de uma série de outros pontos que mostram porque, embora tenham a mesma essência, os dois sedãs são diferentes. O BMW é mais manso e vem com alguns recursos tecnológicos interessantes que faltam no Mercedes , que vem equipado com o motor de quatro cilindros mais potente do mundo hoje em dia, com nada menos que 421 cv.
O Mercedes CLA 45S AMG é um sedã viceral . Mais ainda que o Audi RS3 Sedan , que avaliamos há três anos e apelidei de “Darth Vader,” não apenas pela pintura preta da carroceria, mas pelo comportamento endiabrado. Não é à toa que no banco do motorista do AMG você se sente no comando de um carro de corrida. O volante tem uma série de comandos e regulagens, como o do modo de condução, que muda uma série de ajustes, entre os quais as respostas do acelerador e a rigidez da suspensão.
Se minimamente provocado com uma rápida pisada mais forte no acelerador, o CLA 45S AMG já engrossa a voz e em um piscar de olhos a paisagem lá fora de transforma em um borrão. Os números de desempenho são impressionantes. Conforme a fabricante, o carro pode acelerar de 0 a 100 km/h em 4 segundos e atingir 270 km/h de máxima, deixando seu rastro de esportividade bruta chicoteando pelas paredes ao redor.
O BMW é mais comportado, sem o escândalo que o Mercedes faz ao pressionar um pouco mais o pedal da direita. Em vez de 420 cv extraídos de 2.0 litros de cilindrada do AMG, no M235i XDrive Gran Coupé são 306 cv, o suficiente para acelerar em 4,8 segundos e atingir 250 km/h, números que não chegam a ser tão diferentes dos do CLA AMG. A maior diferença está maior suavidade no funcionamento do BMW, que se mostra mais confortável e silencioso.
Ambos contam com tração integral e câmbios de oito marchas. Mas seguindo sua linha mais agressiva, a caixa do AMG é de dupla embreagem, banhada a óleo, com respostas imediadas, mas com leves trancos entre as trocas. Já o BMW funciona com conversor de torque, com mudanças quase imperceptíveis e com discretos estalos borbulhantes que saem pelas duas saídas de escape entre uma marcha e outra, se resolver guiar com a faca entre os dentes.
Sofisticação é uma palavra que cabe bem em ambos os sedãs. O que não falta é recurso tecnológico. No BMW há acesso à internet a bordo e uma central multimídia com tela de alta resolução que conta com GPS embutido que informa a situação do trânsito em tempo real, previsão do tempo, entre várias outras possibilidades. No Mercedes é preciso usar a conetividade do celular por meio de entradas USB C que ficam no porta-objetos dentro abaixo do apoio de braço central dianteiro.
O ambiente hi-tech que combina com o esportivo dos dois sedãs ainda inclui bancos do tipo concha com largos apoios laterais para ajudar a segurar o corpo nas curvas e iluminação ambiente com LED colorido que vai até nas saídas de ar, no caso do Mercedes, o que acaba sendo mais um sinal de irreverência, além do visual nada discreto que exibe por fora. O CLA 45S AMG pintado de amarelo é uma exclamação ambulante no trânsito com rodas de aro 19 montadas em pneus de perfil bem baixo (235/35R 19).
E o M235i XDrive Gran Coupé também deixa a discrição de lado, com carroceria azul berrante e belas rodas de aro 18 que deixam à mostra os discos de freio perfurados e com pinças azuis. Largas entradas de ar na dianteira, lanternas traseiras estreitas de LED e mais saídas de ar atrás para deixar clara a vocação esportiva do BMW. Se existe algo discreto nestes sedãs podemos apontar apenas os defletores de ar na tampa do porta-malas.
Mas embora sejam sedãs , tanto o BMW quanto o Mercedes não são espaçosos no banco traseiro. Os dois têm silhueta de cupê e pedem mais para o lado esportivo. Portanto, não espere levar cinco ocupantes com conforto a bordo dessa dupla. Apenas os porta-malas de ambos conseguem levar um volume razoável de bagagem, no CLA AMG são 460 litros e no M 235i X Drive vão 430 litros.
Conclusão
Tanto o Mercedes quanto o BMW são sedãs esportivos, mas o CLA 45 S AMG é mais radical e o M235i XDrive Gran Coupe adota uma linha um pouco mais comportada quando o assunto é desempenho. Mas ambos são capazes de alegrar o dia de quem pode ter um dos dois na garagem, o que inclui gastos de manutenção e combustível.
Ficha Técnica
BMW M235i XDrive Gran Coupe
Preço: a partir de R$ 364.950
Motor: 2.0, gasolina, turbo quatro cilindros
Potência: 306 cv a 5.000 rpm
Torque: 45,9 kgfm a 1.750 rpm
Transmissão: Automático, oito marchas, tração integral
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / mutibraço (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteiros) / discos ventiados (traseiros)
Você viu?
Pneus: 225/40 R18
Dimensões: 4,53 m (comprimento) / 1,80 m (largura) / 1,42 m (altura), 2,67 m (entre-eixos)
Tanque: 58 litros
Porta-malas: 430 litros
Consumo gasolina: 6,5 km/l (cidade) / 11,9 km/l (estrada)
0 a 100 km/h: 4,8 segundos
Velocidade máxima: 250 km/h
Mercedes CLA 45S AMG
Preço: a partir de R$ 546.900
Motor: 2.0, gasolina, turbo, quatro cilindros
Potência: 421 cv a 6.750 rpm
Torque: 51 kgfm a 5.000 rpm
Transmissão: Automatizado, dupla embreagem, oito marchas, tração integral
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / multibraço (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteiros) / discos ventilados (traseiros)
Pneus: 255/35 R19
Dimensões: 4,69 m (comprimento) / 1,85 m (largura) / 1,41 m (altura), 2,73 m (entre-eixos)
Tanque: 51 litros
Porta-malas: 460 litros
Consumo gasolina: 9,2 km/l (cidade) / 10,9 km/l (estrada)
0 a 100 km/h: 4 segundos
Velocidade máxima: 270 km/h
CARROS E MOTOS
Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Fonte: Carros
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