Boletim do Leite do Cepea: Oferta Elevada Pressiona Preços em Janeiro

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O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) disponibilizou em seu site o Boletim do Leite referente a janeiro, trazendo uma análise completa do setor lácteo. A edição destaca a influência da alta oferta sobre os preços pagos ao produtor, a retração nos preços dos derivados e o impacto dos custos de produção.

Preços do leite ao produtor em declínio devido à oferta abundante

O preço do leite captado em novembro registrou uma “Média Brasil” de R$ 2,6374/litro, representando um recuo de 6,4% em relação ao mês anterior. No entanto, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de novembro), houve um aumento de 25,9% em comparação com novembro de 2023. A progressão da safra e o consequente aumento sazonal da oferta no campo são fatores que influenciam a desvalorização do leite cru, tendência que deve persistir nos próximos meses. Pesquisas em andamento do Cepea indicam uma desvalorização de cerca de 2% para o leite captado em dezembro de 2024.

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Derivados lácteos acompanham a tendência de baixa nos preços

Uma pesquisa conduzida pelo Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) aponta que os preços dos produtos lácteos mantiveram a trajetória de queda em dezembro. Entre os itens analisados no atacado do estado de São Paulo, o leite UHT apresentou a maior redução, de 3,16% em relação ao mês anterior, com a média caindo para R$ 4,24/litro. O leite em pó (400g) e o queijo muçarela também registraram recuos, embora menores, de 1,06% e 0,69%, com preços fixados em R$ 31,23/kg e R$ 32,28/kg, respectivamente.

Redução nas compras internas e aumento nas exportações em dezembro

Em dezembro, as importações brasileiras de lácteos apresentaram uma queda de 4,34% em relação ao mês anterior e de 11,39% em comparação com o mesmo período do ano passado (dezembro de 2023). As exportações, por sua vez, registraram um aumento de 15,55% no comparativo mensal, mas uma diminuição de 7,25% no anual. Consequentemente, o déficit da balança comercial (em volume) recuou 4,8% de novembro para dezembro, atingindo aproximadamente 194,8 milhões de litros em equivalente leite, gerando um saldo negativo de US$ 80,2 milhões.

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Custos de produção impactados pela nutrição animal e câmbio desfavorável

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira apresentou um aumento de 0,21% em dezembro na “média Brasil” (considerando os estados da BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), acumulando uma alta de 2,88% em 2024. A valorização anual reflete, principalmente, os aumentos observados no último trimestre. Além dos maiores custos com nutrição animal, a baixa disponibilidade de pasto e o clima desfavorável foram os principais fatores responsáveis pela elevação dos gastos. A desvalorização do Real frente ao dólar também exerceu pressão sobre os custos, uma vez que muitos insumos da atividade são importados ou têm seus preços determinados no mercado internacional.

Boletim do Leite do Cepea

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Colheita segue em ritmo acelerado e já chega a 80% em algumas regiões

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O Brasil está colhendo a safra de soja 2024/2025 com avanço significativo em diversas regiões. Até o início de março, aproximadamente 50% da área plantada no país já havia sido colhida, com destaque para Mato Grosso e Paraná, que lideram os trabalhos no campo.

Em Mato Grosso, principal estado produtor, mais de 70% da área cultivada já foi colhida, enquanto no Paraná o índice supera 60%. A expectativa nacional é de uma produção recorde de 167,94 milhões de toneladas, um crescimento de 13,7% em relação à safra anterior, impulsionado pelo aumento da área plantada e pela recuperação da produtividade.

Em Rondônia, a colheita segue em ritmo acelerado, com cerca de 80% da área plantada já colhida. O estado, que cultivou aproximadamente 687 mil hectares na safra 2024/2025, tem consolidado sua importância no cenário agrícola nacional. Mesmo com os desafios climáticos causados pelo fenômeno El Niño, os produtores mantiveram a expansão da cultura, e a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) registrou um aumento expressivo no número de propriedades dedicadas à soja, passando de 3.700 para mais de 4.600 áreas cultivadas. A previsão é de que a colheita seja concluída até meados de abril.

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Com a soja em fase final de maturação, a Idaron alerta para a necessidade de manejo adequado para evitar perdas causadas por doenças de final de ciclo e pragas. Além disso, o plantio comercial de soja fora do período permitido segue proibido, conforme diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária, para evitar a disseminação da ferrugem asiática. O desempenho da safra em Rondônia reforça a posição estratégica do estado no agronegócio nacional, contribuindo para que o Brasil mantenha sua liderança global na exportação de soja.

Fonte: Pensar Agro

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