Bolsa cai 0,78% em meio a tensões internas

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Em um dia marcado por tensões no mercado interno, a bolsa de valores não conseguiu acompanhar as bolsas norte-americanas e encerrou o pregão em queda, após fechar a semana passada com ganhos. O dólar, no entanto, foi influenciado pelo clima mais tranquilo nos mercados globais e fechou em leve baixa, no menor valor em quase um mês.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta segunda-feira (30) aos 119.740 pontos, com queda de 0,78%. A instabilidade política e os temores em relação à crise hídrica no Brasil derrubaram o indicador. Além disso, houve um movimento de realização de lucros, quando investidores vendem papéis para embolsar ganhos recentes. Na semana passada, o Ibovespa subiu 2,2%.

O mercado de câmbio teve um dia melhor. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,189, com recuo de 0,12%. A cotação alternou altos e baixos, chegando a subir para R$ 5,22 no início das negociações, mas desacelerou perto do fim da manhã, operando próxima da estabilidade pelo resto do dia.

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A bolsa acumula queda de 1,69% em agosto. No menor valor desde 4 de agosto, quando estava em R$ 5,186, o dólar registra queda de 0,12% no mês e alta de apenas 0,01% no ano.

No mercado externo, as bolsas norte-americanas voltaram a subir, ainda sob reflexo das declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), Jerome Powell. Na sexta-feira (27), Powell disse que o Fed não pretende começar a retirar os estímulos monetários (juros baixos e compras de US$ 120 bilhões de títulos por mês) concedidos durante a pandemia de covid-19. Segundo ele, a alta da inflação nos Estados Unidos é temporária.

Apesar do alívio internacional, as tensões internas predominaram no mercado brasileiro. Os receios de que a instabilidade política se reflita em medidas que aumentem os gastos públicos afetaram o mercado, impedindo uma queda mais acentuada do dólar e fazendo a bolsa cair. Nem as notícias de que o IGP-M desacelerou em agosto e de que o déficit primário em julho foi menor que as estimativas animaram os investidores domésticos.

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*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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