Bolsa tem forte alta e fecha no segundo melhor nível do ano

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Impulsionada pelo mercado externo e por ações de bancos, a bolsa de valores iniciou a semana com forte alta e fechou no segundo melhor nível do ano. O dólar seguiu o desempenho internacional e caiu nesta segunda-feira (24), mas permanece acima de R$ 5,30, num dia de baixo volume de negociações.

O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 124.032 pontos, com alta de 1,17%. O indicador está no maior nível desde 8 de janeiro, quando tinha encerrado aos 125.077 pontos. Apesar da queda da cotação internacional do minério de ferro, que está no menor nível em 20 dias, a bolsa foi beneficiada pelas ações de bancos e pela alta nas bolsas norte-americanas.

No mercado de câmbio, a retomada do otimismo internacional, após dias de tensão, contribuiu para a queda da moeda norte-americana. O dólar comercial encerrou esta segunda vendido a R$ 5,325, com recuo de R$ 0,029 (-0,53%). Na mínima da sessão, por volta das 12h, a cotação chegou a R$ 5,31.

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Em maio, a bolsa acumula alta de 4,32%; e o dólar, queda de 1,98%. No ano, o Ibovespa registra valorização de 4,21%, e a moeda norte-americana acumula alta de 2,62%.

Nas últimas semanas, o mercado financeiro global tem vivido momentos de altas e baixas provocados pela expectativa de recuperação da economia norte-americana. No início da pandemia de covid-19, o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) reduziu os juros básicos da maior economia do planeta para uma faixa entre 0% e 0,25% ao ano.

Os Estados Unidos voltaram a crescer em 2021, com ajuda dos estímulos econômicos e da vacinação em massa. No entanto, a divulgação de que a inflação dos Estados Unidos encerrou abril no maior nível para o mês em 12 anos elevou as expectativas de que o Fed aumente os juros antes de 2023. Juros mais altos em economias avançadas pressionam o dólar e a bolsa em países emergentes, como o Brasil.

* Com informações da Reuters

Edição: Claudia Felczak

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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