Bolsa tem maior queda do ano puxada por petróleo e inflação

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Os receios em torno do aumento da inflação e das possíveis mudanças na política de preços da Petrobras afetaram o mercado financeiro nesta segunda-feira (7). A bolsa teve a maior queda diária do ano. O dólar, que se aproximou de R$ 5 durante a manhã, fechou com estabilidade, influenciado pelas turbulências no mercado global.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou aos 111.593 pontos, com recuo de 2,52%. Essa foi a maior queda diária desde 26 de novembro do ano passado. O desempenho negativo foi puxado por ações de empresas aéreas e pela Petrobras, cujos papéis são os mais negociados na bolsa. Num dia em que a cotação internacional do barril de petróleo (tipo Brent) fechou em US$ 139 e atingiu o maior valor desde 2008.

As movimentações para que a Petrobras mude a política de preços fizeram as ações da estatal cair. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) despencaram 7,1%. As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) caíram 7,65%. Por causa da restrição da oferta de petróleo provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro manifestou-se favorável à mudança nos preços dos combustíveis, que teriam preços abaixo do mercado, reduzindo o lucro da companhia.

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O mercado de câmbio não sentiu a mesma turbulência. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,08, com leve alta de 0,03%. A cotação chegou a cair para R$ 5,03 na mínima do dia, por volta das 10h40, operou próxima da estabilidade durante a tarde, até fechar em pequena alta.

No caso do dólar, a valorização do preço das matérias-primas e das commodities (bens primários com cotação internacional) tem segurado a alta da moeda. Isso porque a entrada de divisas no país tem aumentado com a subida da demanda por produtos agrícolas e minerais.

* Com informações da Reuters

Edição: Kelly Oliveira

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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