Bombeiros controlam incêndio no hospital de Bonsucesso
O principal foco de incêndio no Prédio 1 do Hospital Federal de Bonsucesso está controlado. De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Lauro Botto, os militares fazem agora um trabalho de rescaldo e dispersão da fumaça. O incêndio começou no meio da manhã de hoje (27) e teria iniciado em um depósito de fraldas no almoxarifado, que fica no subsolo do prédio 1.
“A nossa maior preocupação era não deixar que o incêndio se propagasse para outras unidades aqui do hospital e conseguimos. O incêndio se manteve exclusivamente no prédio 1. A gente não teve propagação para outros prédios. Tanto a estrutura quanto o funcionamento de outras unidades aqui do hospital estão funcionando normalmente”, disse Botto.
De acordo com o tenente-coronel, cerca de 200 pacientes tiveram que ser removidos da enfermaria do prédio 1. Cerca de 170 foram alocados em outros prédios do próprio hospital. Outros 25, em estado mais grave, tiveram que ser transferidos para outras oito unidades hospitalares da cidade. Dos pacientes transferidos, oito estão com covid-19.
Até o momento, não há informações sobre feridos em decorrência do incêndio ou de vítimas de intoxicação por inalação da fumaça. Durante o trabalho de retirada dos pacientes, alguns chegaram a ser atendidos dentro de uma borracharia que fica em frente ao hospital.
Segundo o porta-voz, é preciso que a Defesa Civil faça uma avaliação do prédio atingido para saber se ele poderá ser liberado ou se ele será interditado.
Edição: Denise Griesinger
SAÚDE
Casos de síndrome respirartória aguda grave sobem no país, diz Fiocruz
O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quinta-feira (28) aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o país. O quadro é decorrente do crescimento, em diversos estados, de diferentes vírus respiratórios como influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.
O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, e também de redução dos casos na região Sul.
De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes essa conjuntura mascara o crescimento dos casos de SRAG pelos demais vírus respiratórios nessas faixas etárias, especialmente aqueles associados ao vírus influenza A. “Esse cenário é fundamentalmente igual ao da semana passada. Manutenção de queda nas internações associadas à Covid-19 no Centro-sul, contrastando com o aumento de VSR e rinovírus em praticamente todo o país (incluindo o Centro-sul) e influenza A no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul”, explicou.
Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, quando se estuda o total de novas internações por SRAG, sem a análise por faixa etária, observa-se cenário de estabilidade. Gomes avalia que, na verdade, esse quadro decorre da queda na Covid-19, camuflando o aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.
“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica o pesquisador. Ele também destaca a importância dos cuidados para a prevenção. “Em casos de infecções respiratórias, sintomas de gripe e resfriados, deve-se procurar encaminhamento médico, além de manter repouso e usar uma boa máscara sempre que precisar sair de casa. A vacinação também é fundamental. A vacina da gripe está disponível em diversos locais”.
Mortalidade
A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade. O aumento da circulação do VSR tem gerado crescimento expressivo da incidência de SRAG nas crianças pequenas, superando aquela associada à Covid-19 nessa faixa etária. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas continuam sendo o Sars-CoV-2 (Covid-19) e rinovírus. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. Quanto à mortalidade por de SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.
Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).
Fonte: EBC SAÚDE
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