Câmara Árabe promove missão empresarial à Arábia Saudita

A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira está organizando uma missão empresarial voltada a empresas interessadas em exportar alimentos e bebidas para a Arábia Saudita. A programação inclui atividades em Riade e Jeddah entre os dias 11 e 16 de maio, abrangendo rodadas de negócios com importadores, seminários sobre o mercado saudita e visitas técnicas à feira alimentícia Saudi Food Show e a outras instalações.
A missão faz parte do Projeto Halal do Brasil, iniciativa da Câmara Árabe em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), com o objetivo de impulsionar as exportações de alimentos halal – produtos que seguem as normas e tradições do consumo muçulmano.
Para participar, as empresas devem atuar no segmento de alimentos e bebidas, ter experiência com exportação e demonstrar interesse em certificar seus produtos, conforme explica Fernanda Dantas, gerente do Halal do Brasil na Câmara Árabe.
“Ao ingressar no Halal do Brasil, as empresas recebem suporte para identificar oportunidades em mercados muçulmanos. O apoio inclui participação em feiras e rodadas de negócios, orientação sobre certificação e estratégias eficazes de internacionalização”, destaca Dantas.
A Arábia Saudita tem investido na expansão do turismo, na abertura econômica e na diversificação de setores, o que cria oportunidades para o comércio com o Brasil, especialmente no setor alimentício. Em 2023, o país importou US$ 24,9 bilhões em alimentos e bebidas, sendo que o Brasil respondeu por aproximadamente 10% desse total, com destaque para carnes, açúcar, grãos e cafés.
Apesar da participação expressiva, a Câmara Árabe avalia que ainda há espaço para crescimento, principalmente no segmento de alimentos industrializados. Atualmente, a presença brasileira nessa categoria é limitada devido à oferta reduzida de produtos certificados como halal, além dos derivados de proteínas.
Dantas reforça que a meta do Halal do Brasil é expandir esse mercado. “Além da promoção comercial, o projeto oferece cursos sobre mercados halal, orientação para certificação e até subsídio para a primeira certificação”, explica.
Desde seu lançamento em setembro de 2022, o projeto já apoia 124 empresas, das quais 59 já exportam pelo menos um tipo de alimento certificado. Com iniciativas como essa, a Câmara Árabe busca fortalecer a presença brasileira no mercado saudita e ampliar as oportunidades para exportadores do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
“Biocombustíveis não são vilões da inflação”, diz presidente da CTE na Câmara

O debate sobre os impactos dos biocombustíveis na inflação voltou à tona nos primeiros meses de 2025, com o governo atribuindo parte da alta de preços a esses produtos. Para o deputado federal e presidente da Comissão de Transição Energética da Câmara dos Deputados, essa narrativa é equivocada e pode prejudicar a implementação de políticas estratégicas para o setor.
Ele destacou que a tentativa de vincular biocombustíveis ao aumento do custo de vida contrasta com a recente sanção da Lei do Combustível do Futuro, que atraiu R$ 200 bilhões em investimentos para ampliar a participação de combustíveis renováveis na matriz energética brasileira. “Não podemos deixar que a polêmica ‘food versus fuel’, criada na Europa, atrapalhe o avanço das energias renováveis no Brasil”, afirmou.
O parlamentar rebateu a ideia de que o Brasil enfrenta uma competição por terras agricultáveis como ocorre na União Europeia. Ele apontou que, enquanto países como Dinamarca, Irlanda e Países Baixos destinam mais de 60% de seus territórios à agricultura, o Brasil utilizou apenas 9% de sua área para a produção agropecuária em 2024. Além disso, há cerca de 159 milhões de hectares degradados, dos quais 36 milhões poderiam ser recuperados para a produção de alimentos sem comprometer biomas preservados.
A alta do óleo de soja, segundo o deputado, não tem relação com a produção de biodiesel, mas sim com fatores como a quebra de safra devido a questões climáticas e a valorização do dólar. Ele lembrou que, durante a pandemia, o preço do óleo de soja disparou e, em 2023, registrou uma deflação de 36%. No entanto, com a safra recorde de 2024/25, a tendência é de acomodação nos preços, o que deve aliviar a pressão sobre os custos dos alimentos.
O mesmo ocorre com o milho. O parlamentar destacou que o aumento da produção de etanol de milho não impactou os preços dos alimentos, pois os estoques do grão no Brasil permanecem em níveis confortáveis. “Nosso mercado segue alinhado ao internacional, e o crescimento da produção de biocombustíveis não compromete a oferta alimentar”, ressaltou. Ele também destacou a importância da “safrinha”, que aumenta a oferta do grão sem afetar os preços e permite que o país produza energia renovável sem prejudicar a segurança alimentar.
Outro ponto criticado foi a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de reduzir a adição de biodiesel ao diesel fóssil de 15% para 14% (B14), medida que entrará em vigor em março. Segundo o deputado, o argumento de que essa redução evitaria impactos nos preços dos alimentos não se sustenta, uma vez que há oferta suficiente de soja no mercado. “O Brasil produziu 147,38 milhões de toneladas de soja em 2024, mas apenas 54 milhões foram esmagadas para biodiesel. Além disso, o biocombustível reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 80%”, afirmou.
O parlamentar também mencionou a importância do aumento da mistura de etanol na gasolina. No dia 17 de março, o Ministério de Minas e Energia apresentará os estudos do E30, que prevê a elevação do percentual de etanol na gasolina de 27% para 30%. “Isso tornará o Brasil autossuficiente em gasolina. Manter o percentual atual passa uma mensagem negativa ao mercado e pode frear investimentos em biocombustíveis”, alertou.
Para o presidente da Comissão de Transição Energética, os biocombustíveis são a alternativa mais custo-efetiva para a descarbonização e representam uma grande oportunidade para investimentos e geração de riqueza. “Não abriremos mão disso. O Brasil tem uma vantagem competitiva única no setor, e precisamos consolidá-la”, concluiu.
Fonte: Pensar Agro
- POLÍTICA NACIONAL3 dias atrás
Proposta mantém condições do contrato de crédito rural em caso de prorrogação ou renegociação
- ESTADO6 dias atrás
Como está a ponte que liga Rialma a Nova Glória na BR-153? Assista
- CIDADES6 dias atrás
Agricultora de Ceres colhe manga com 2 quilos
- PLANTÃO POLICIAL5 dias atrás
Homem mata esposa e se mata em seguida
- PLANTÃO POLICIAL5 dias atrás
Resgatados 40 cavalos em abatedouro clandestino especialista em “hambúrgueres”, em Anápolis
- Acidente3 dias atrás
Acidente com carro de luxo tira vida de médico na BR-060, em Anápolis; Assista
- ECONOMIA2 dias atrás
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
- ESTADO6 dias atrás
Nota de pesar pela morte do policial civil Rafael da Gama Pinheiro