Opinião

Carta aberta aos pré-candidatos à prefeitura e à Câmara de Vereadores

O Brasil tem passado por uma das mais sérias crises de Segurança Pública de sua história. E antes que vocês assumam a postura covarde de se esconder atrás da letra constitucional, tagarelando que isso é de competência estadual, além de outras porcarias do gênero, eu gostaria de propor uma série de medidas que se encontram ao alcance de sua caneta!

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André Naves é Defensor Público Federal.

Caros amigos, gostaria primeiramente de frisar que sou um cidadão, um munícipe! Peço, por favor, que leiam até o fim e demonstrem merecer o respeito daqueles que renovam, a cada quatro anos, a esperança na solução de problemas que insistem em atazanar a nossa vida cotidiana.

O Brasil tem passado por uma das mais sérias crises de Segurança Pública de sua história. E antes que vocês assumam a postura covarde de se esconder atrás da letra constitucional, tagarelando que isso é de competência estadual, além de outras porcarias do gênero, eu gostaria de propor uma série de medidas que se encontram ao alcance de sua caneta!

A melhor ação municipal que pode ser tomada para transformar a Segurança Pública é tirar a Política Inclusiva do papel! Sabem das calçadas esburacadas, cheias de mato e lixo? Quando ações de zeladoria municipal cuidam das calçadas, tornando-as acessíveis a TODOS, a cidadania volta a circular. Nem é preciso falar que a pior criminalidade se esconde nas calçadas mais movimentadas. Ao mesmo tempo, com o reparo e manutenção adequados, há melhorias no setor comercial, ampliando os postos de trabalho disponíveis, além de valorização imobiliária. Viu como é bom? Vocês vão até ganhar em arrecadação se cuidarem melhor da cidade!

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Junto com a melhoria das calçadas, eu proponho, pelos mesmos motivos, uma iluminação mais forte e qualificada das nossas ruas e praças. A iluminação pública é fundamental para afastar a insegurança pública. Eu sei que vocês sabem, mas só quero deixar claro que basta um trabalho adequado de zeladoria para que as calçadas, ruas e praças fiquem mais convidativas e acessíveis a todos. Resumindo: a beleza é inclusiva! Cidade bonita é mais segura!

Vocês precisam também, urgentemente, melhorar o projeto urbanístico do município. É que, a depender das opções tomadas, as calçadas serão ‘desertos’ ainda mais inseguros. Imaginem um espigão de concreto sem nenhuma árvore, luz ou opção de comércio nas redondezas?

Vocês lembram daquela música dos Titãs: “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte…”? Pois bem, invistam também em opções artístico-culturais pela cidade. Eu imagino que vocês, que pensam em se candidatar, devam saber, mas vale a pena repetir: Cultura e Arte são fundamentais para melhorar a autoestima, individual e coletiva, gerando um sentido de pertencimento a todos. A Cultura fortalece os laços que cada pessoa possui com sua comunidade; e também estimula a Educação, uma das principais ferramentas, ao lado do trabalho, de Inclusão Social!

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E nunca se esqueçam da necessidade da Proteção Social! Criar e fomentar políticas que cuidem das pessoas, suprindo suas necessidades mais básicas, são o principal alicerce da Segurança Pública.

Segurança alimentar, programas de assistência social, aumento e melhoria de albergues… enfim, o caminho é longo. No entanto, se o desafio é enorme, maior ainda deve ser o desejo de vocês, que tão bravamente escolheram abraçar uma pré-candidatura, de revolucionarem os planos municipais.

E é sempre boa a lembrança de que em caso de sucesso vocês ganharão a imortalidade, figurando no panteão dos heróis da Brava Gente Brasileira!

André Naves é Defensor Público Federal

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ARTIGO

Cooperativas de geração verde

A lei não deixa de ser interessante, estabelece os locais onde o vento seja constante como uma riqueza do Estado a ser explorada por empresas privadas (offshore: ambiente marinho localizado no mar territorial e na plataforma continental).

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Mario Eugenio Saturno é Professor Assistente da Escola de Teologia para Leigos São José de Anchieta da Diocese de Caraguatatuba, Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

Um dos grandes defeitos do Brasil pós-ditadura é não pensar a longo prazo, dez, vinte, trinta anos. E por que não 50 anos? Nosso regime de governança atual tem coisas ruim como deputados e senadores apropriarem-se de verbas do Executivo, mas eles poderiam destinar parte disso para projetos de longo prazo.

Recentemente, o noticiário anunciou que a conta de luz dos brasileiros poderia sofrer um abatimento de R$ 3 bilhões caso o projeto de lei do novo marco das eólicas em alto-mar fosse aprovado. Inacreditavelmente, a lei tinha artigos que previam a contratação compulsória de térmicas a gás e a carvão (eita!) que encareceriam a conta de luz e comprometeriam as metas do Clima. O presidente Lula sancionou a Lei Nº 15.097/2025 e vetou esses artigos perniciosos, mas esses vetos ainda não foram votados pelo Congresso. Acredito que nossos parlamentares repensarão, afinal, são propostas contra a Pátria e contra a humanidade.

A lei não deixa de ser interessante, estabelece os locais onde o vento seja constante como uma riqueza do Estado a ser explorada por empresas privadas (offshore: ambiente marinho localizado no mar territorial e na plataforma continental).

A lei estabelece fundamentos da geração elétrica no offshore: desenvolvimento sustentável, geração de emprego e renda no país e o fortalecimento da segurança energética. Ainda, desenvolvimento regional, com ações que reduzam a desigualdade e promovam a inclusão social, a proteção e defesa do meio ambiente, entre outros.

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As empresas vencedoras pagarão um bônus de assinatura para a União e uma taxa anual de ocupação da área e participação proporcional mensal no valor da geração: 50% para a União, 12,5% para os Estados do local, 12,5% para os municípios do local, 10% para os Estados na proporção do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), 10% para os Municípios, na proporção do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e 5% para projetos de desenvolvimento sustentável.

Da mesma forma que já defendi que as termelétricas a carvão ou petróleo gerem eletricidade conforme o valor que recebam para existir e assim provar que existam e funcionam (para evitar as surpresas desagradáveis do passado, quando foram necessárias e não estavam operacionais), defendo que os locais sejam leiloados somente quando o preço do quilowatt-hora for competitivo e próximo a linhas de transmissão, ou seja, que os custos totais sejam bons.

E que parte desses recursos fosse destinado a financiar (não doar) geração solar e eólica de “cooperativas” de pequenos consumidores (vizinhos), de classe média baixa e baixa para que fossem construídas pequenas centrais de geração em seus bairros. Como o investimento em energia solar e eólico paga-se em 5 a 7 anos, as contas dessas pessoas seria quase zerada após esse período.

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Os equipamentos poderiam ocupar os telhados dos consumidores, os prédios, praças e estacionamentos públicos. O gerenciamento dos recursos poderia ser feito por bancos públicos e privados. E os deputados e senadores poderiam doar parte de suas emendas no investimento em sua região, por que não?

Mario Eugenio Saturno é Professor Assistente da Escola de Teologia para Leigos São José de Anchieta da Diocese de Caraguatatuba, Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

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