Casos de covid-19 aumentam e SUS suspende cirurgias eletivas no Rio

As cirurgias eletivas nos hospitais de urgência e emergência da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro serão suspensas a partir do dia 7 de dezembro. A medida foi tomada em reunião realizada hoje (23), devido ao aumento de indicadores de casos de infectados e óbitos pela covid-19 nos últimos dias.
Em nota conjunta, a Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro e as secretarias estadual e municipal de Saúde do Rio informam que, por isso, foram tomadas várias providências, entre as quais a mobilização e abertura de 214 leitos em sete unidades de saúde. Serão 25 leitos no Hospital Estadual Anchieta; 45 no Hospital Universitário Pedro Ernesto; 60 no Hospital São Francisco na Providência de Deus; 25 no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho; 13 no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle; 36 no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz; e 10 no Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião.
A nota conjunta informa ainda que foram mantidas todas as cirurgias eletivas de alta complexidade, como as oncológicas, bariátricas, vasculares, ortopédicas e neurológicas.
As decisões tomadas na tarde desta segunda-feira poderão ser revistas em encontros semanais entre os órgãos de saúde. De acordo com os órgãos que participaram da reunião, as medidas que serão adotadas visam à liberação do maior número de leitos para pacientes de covid-19, “sem maior impacto para a saúde no estado”.
Infectados e óbitos
Segundo boletim divulgado hoje pela Secretaria de Estado de Saúde, até esta segunda-feira, foram confirmados 338.688 casos de infectados e 22.028 óbitos por covid-19 no estado. Há ainda 355 óbitos em investigação e 2.235 foram descartados. Entre os casos confirmados, 311.273 pacientes se recuperaram da doença.
A capital fluminense tem o maior número de infectados (131.433) e de mortes (12.979) no estado. Nas últimas 24 horas, morreram 54 vítimas de covid-19 no estado do Rio.
Edição: Nádia Franco


SAÚDE
“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.
Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.
A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.
- 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)
Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.
Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.
Ana Freire
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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