Choques nos Preços do Café Têm Repercussões Prolongadas, Aponta Relatório da FAO

Publicados

Um estudo recente da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgado na sexta-feira, revela que os choques nos preços do café cru levam cerca de um ano para serem totalmente repassados aos consumidores, com um impacto residual que pode durar até quatro anos. O relatório destaca que as condições climáticas adversas, que têm afetado a produção e consumido os estoques globais, resultaram em um aumento significativo nos preços do café cru. No ano passado, o preço do café arábica registrou uma alta de 70% na Bolsa ICE, e, neste ano, já superou os 20%.

A FAO aponta que, na União Europeia, aproximadamente 80% do aumento nos preços será repassado aos consumidores ao longo de um período de 11 meses. Nos Estados Unidos, o repasse ocorre de forma mais rápida, com 80% do aumento sendo absorvido em até oito meses. Vale ressaltar que tanto os Estados Unidos quanto a União Europeia são os maiores consumidores de café no mundo.

Leia Também:  Desempenho do Agronegócio Catarinense em 2024 Será Apresentado pela Epagri

Contudo, o impacto nos preços ao consumidor tende a ser menos pronunciado do que o aumento no custo do grão cru. Isso ocorre devido à existência de outros fatores que influenciam os preços finais do café no varejo, como transporte, torrefação, embalagem, certificação e as margens de lucro do setor varejista.

Segundo o relatório da FAO, um aumento de 1% no custo do feijão cru na União Europeia resulta em um incremento de apenas 0,24% no preço de varejo, após 19 meses, com o choque se estendendo por vários anos.

No que tange aos países produtores, o estudo revelou que os preços pagos aos produtores de café registraram as seguintes variações: na Etiópia, o aumento foi de 17,8%; no Quênia, 12,3%; no Brasil, 13,6%; e na Colômbia, 11,9%. Esses números ficam aquém dos aumentos observados nos mercados internacionais, como a Bolsa ICE, onde os preços têm mostrado incrementos mais expressivos.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Em Cáceres, ministro Carlos Fávaro inaugura primeiro espaço de inovação Agro Maker

Publicados

em

Na manhã deste sábado (15), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, inaugurou o primeiro espaço de inovação Agro Maker do Brasil, no Distrito Nova Cáceres (Sadia), em Cáceres. A iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) junto ao Instituto Besouro busca investir na capacitação e qualificação de profissionais do agro para impulsionar a agricultura com tecnologias avançadas e práticas mais eficientes.

“O Agro Maker é um dos vários projetos que o Ministério da Agricultura está desenvolvendo para combater as desigualdades no campo. Temos muito orgulho da nossa agropecuária forte e pujante, que bate recordes, exporta e garante o superávit da balança comercial. No entanto, é fundamental que também olhemos com atenção para a agricultura familiar, para os homens e mulheres que produzem nas pequenas propriedades, mas não têm acesso às grandes tecnologias”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante a inauguração do espaço.

Voltado aos jovens de 12 a 29 anos que já tenham alguma relação com o agro ou que queiram introduzir neste mercado de trabalho, o Agro Maker visa contribuir para um setor agrícola mais produtivo, sustentável e resiliente diante dos desafios globais.

Leia Também:  Desempenho do Agronegócio Catarinense em 2024 Será Apresentado pela Epagri

O curso tem duração de três meses e é dividido em oito módulos: introdução ao agro e tech; produtores rurais; modernização na agricultura; manejo de pastagens; agroecologia; operador de drone; agrofinanças; e empreende agro.

Durante as aulas, os alunos aprendem os principais conceitos de agronegócios, técnicas de inovação e tecnologia, relações da produção rural com o mercado, identificar oportunidades de crescimento e de investimento, operacionalizar drones, recursos de administração financeira e orçamentária, entre outros.

“Este espaço é de vocês. A tecnologia chegou para auxiliar o campo, e agora vocês estão sendo beneficiados pela educação tecnológica, que permitirá produzir mais e melhor, de forma sustentável, o que já fazem aqui no assentamento. Com o conhecimento adquirido, poderão multiplicar esse saber, permitindo que a juventude aproveite esses recursos e permaneça no campo, enriquecendo ainda mais a região de vocês. Tudo isso só é possível graças ao trabalho do governo federal”, destacou Vinicius Mendes, presidente do Instituto Besouro.

A primeira turma começou em fevereiro e conta com 14 alunos. Para o estudante Gean França, de 17 anos, esta tem sido uma oportunidade de se aprofundar no agro. “Estamos aprendendo sobre novas tecnologias, formas de cultivo e manejo que eu não conhecia e já podendo ajudar meus pais no campo”, disse.

Leia Também:  Arnaldo Jardim nega rumores sobre indicação ao Ministério da Agricultura

“O curso tem sido uma experiência única, e eu tento aproveitar ao máximo. A cada dia, aprendo mais e me conecto ainda mais com o campo. Se depender de mim, farei todos os cursos que forem disponibilizados na Agro Maker”, completou Evela Reiner, de 17 anos, também estudante da primeira turma.

“Vamos trabalhar muito para mudar a história da agricultura familiar em Mato Grosso. E já conseguimos, pela primeira vez, graças à sensibilidade do ministro Carlos Fávaro que teve a oportunidade de se tornar ministro da República de uma das pastas mais importantes do Brasil e, com isso, viabilizou o maior investimento na agricultura familiar que o estado já presenciou. Estamos entregando mais de R$ 500 milhões aqui em Mato Grosso nos assentamentos”, disse o secretário-executivo, Irajá Lacerda.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA