Colheita de Soja em Mato Grosso Atinge 28,58% da Área e Reduz Atraso

A colheita da safra 2024/25 de soja em Mato Grosso, maior Estado produtor do grão no Brasil, alcançou 28,58% da área cultivada, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgados nesta sexta-feira. O avanço de 16,38 pontos percentuais em relação à semana anterior reflete o esforço dos produtores para reduzir o atraso nas operações.
Ritmo abaixo da média histórica
Apesar da aceleração recente, o percentual colhido ainda é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando 51,50% da área já havia sido colhida, e à média histórica dos últimos cinco anos para esta época, que é de 39,59%. O atraso é consequência do plantio tardio, provocado pela seca que persistiu até meados de outubro.
Agora, as operações de colheita enfrentam desafios devido ao clima chuvoso, que tem dificultado os trabalhos no campo. O superintendente do Imea, Cleiton Gauer, afirmou à Reuters que, embora o ritmo da colheita esteja abaixo do ideal, os produtores estão aproveitando as janelas de tempo seco para avançar nas lavouras.
Com uma área plantada estimada em aproximadamente 12,5 milhões de hectares, os produtores colheram cerca de 2 milhões de hectares em apenas uma semana, totalizando 3,6 milhões de hectares colhidos desde o início dos trabalhos.
Produtividade recorde e impacto das chuvas
Na última segunda-feira, o Imea revisou para cima a expectativa de produtividade média no Estado, agora estimada em um recorde de 47,16 milhões de toneladas, representando um crescimento de 20,76% em relação à safra anterior, impactada pela seca.
Nos últimos dez dias, as chuvas acumuladas superaram os 80 milímetros em Mato Grosso e Goiás, dificultando a colheita da soja. No entanto, essa umidade tem sido benéfica para o solo e para os índices de vegetação (NDVI), contribuindo para um bom desenvolvimento da safra.
“Em Mato Grosso, especialmente na região Sudeste, as condições climáticas foram determinantes para o crescimento da produtividade, estimada em 65,2 sacas por hectare, um aumento de 23% em relação ao ciclo passado”, destacou Felippe Reis, analista de culturas da EarthDaily Agro, empresa especializada em monitoramento agrícola via satélite.
A projeção para a safra nacional também é otimista. A consultoria Safras & Mercado elevou sua estimativa para a produção brasileira de soja em 2024/25 para 174,88 milhões de toneladas, um recorde, com um aumento de 0,67% em relação à previsão divulgada em janeiro. Esse desempenho positivo do centro-norte do país compensa, em parte, as perdas no Rio Grande do Sul, onde a estiagem afetou o potencial produtivo.
Chuvas atrasam plantio do milho e do algodão
Se por um lado as chuvas beneficiam o desenvolvimento das lavouras, por outro, têm atrasado o plantio da segunda safra em Mato Grosso.
A semeadura do algodão atingiu 79,56% da área prevista, abaixo dos 98,87% registrados no mesmo período do ano passado e dos 85,36% da média histórica para o período.
Já o plantio do milho avançou para 23,46% da área projetada, percentual inferior aos 42,14% observados nesta época em 2023 e à média dos últimos cinco anos, de 36,10%, conforme dados do Imea.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Previsão do IBGE para Safra 2025: Aumento de 10,6% em Relação a 2024

Em fevereiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou suas projeções para a safra de 2025, que totaliza 323,8 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, representando um aumento de 10,6% em comparação à produção de 2024, que foi de 292,7 milhões de toneladas. A previsão é de um acréscimo de 31,1 milhões de toneladas, embora a estimativa seja 0,5% inferior à de janeiro, com uma queda de 1,6 milhão de toneladas.
A área a ser colhida em 2025 será de 81,0 milhões de hectares, um crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior, o que equivale a 1,9 milhão de hectares a mais. Em comparação a janeiro, houve um pequeno aumento de 28.921 hectares, ou 0,0%.
Os três principais produtos que compõem a estimativa de safra são arroz, milho e soja, os quais, somados, representam 92,9% da produção prevista e ocupam 87,5% da área a ser colhida. A área destinada à produção de algodão herbáceo (em caroço) cresceu 3,2%, enquanto o arroz em casca teve um aumento de 7,1%. Outros produtos, como feijão, soja e milho, também apresentaram variações significativas em suas áreas cultivadas e estimativas de produção.
Entre os destaques da estimativa estão a soja, com uma previsão de 164,4 milhões de toneladas, e o milho, que deve alcançar 124,8 milhões de toneladas (com 25,3 milhões de toneladas na primeira safra e 99,5 milhões de toneladas na segunda safra). Já a produção de arroz é estimada em 11,5 milhões de toneladas, a de trigo em 7,2 milhões de toneladas, a de algodão herbáceo (em caroço) em 9,0 milhões de toneladas, e a de sorgo em 4,1 milhões de toneladas.
Variação Regional da Produção e Participação por Estado
Em relação às variações anuais de produção por região, o Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Nordeste e Norte apresentaram aumentos na produção, destacando-se o Sul, com 11,7% de crescimento. No entanto, as variações mensais indicaram declínios nas produções do Norte e Sul, enquanto o Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste registraram acréscimos.
Mato Grosso segue como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 29,8%, seguido por Paraná (13,6%), Goiás (11,5%), Rio Grande do Sul (11,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,6%). Esses estados juntos respondem por 79,8% da produção total do país. As regiões Centro-Oeste e Sul dominam a produção, com participações de 49,4% e 27,0%, respectivamente.
Destaques por Produto na Estimativa de Fevereiro de 2025
Em relação ao mês de janeiro, a produção de diversos produtos apresentou variações. O café canephora teve um aumento de 1,5%, e a produção de arroz cresceu 0,7%. Já a produção de milho da segunda safra aumentou 0,6%, enquanto a batata da segunda safra teve uma pequena elevação de 0,3%. Por outro lado, houve quedas na produção de batata da primeira safra (-4,8%), feijão da primeira safra (-1,9%) e soja (-1,3%).
As estimativas de produção também variaram significativamente entre os estados. Goiás, Minas Gerais e Paraná foram os estados com as maiores variações absolutas positivas, enquanto o Rio Grande do Sul, Rondônia e Alagoas registraram quedas em suas previsões.
Perspectivas para Produtos Específicos
- Arroz (em casca): A produção foi estimada em 11,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,7% em relação ao mês anterior e de 9,0% em relação a 2024. O crescimento na área plantada se deve à atratividade dos preços da cultura.
- Batata-inglesa: A produção deve alcançar 4,3 milhões de toneladas, uma redução de 2,2% em relação ao mês de janeiro, com São Paulo apresentando uma queda de 16,8% na estimativa de produção.
- Café (em grão): A produção total de café, considerando as espécies arábica e canephora, foi estimada em 3,2 milhões de toneladas. A produção de café arábica teve uma queda de 12,8% em relação a 2024, refletindo uma bienalidade negativa. Já o café canephora apresentou crescimento de 4,9%.
- Cereais de inverno (em grão): Para o trigo, a produção foi estimada em 7,2 milhões de toneladas, com uma queda de 3,8% em relação ao ano passado. A produção de aveia e cevada, por outro lado, mostrou um pequeno aumento.
- Feijão (em grão): A produção de feijão foi estimada em 3,4 milhões de toneladas, um crescimento de 9,6% em relação a 2024, atendendo completamente ao consumo interno do Brasil.
Essas estimativas refletem a dinâmica da agricultura brasileira, com variações importantes tanto em termos de área plantada quanto de produção, com destaque para a soja e o milho, que continuam a dominar o cenário agrícola nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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