economia

Com apoio da Emater, Hidrolândia espera movimentar mais de R$ 10 milhões com safra de jabuticaba em 2022

Técnicos da Agência dão orientações sobre produção, manipulação e comercialização do fruto e seus derivados a mais de 100 propriedades no município.

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Líder no cultivo de jabuticaba no Brasil, o município de Hidrolândia, na região metropolitana de Goiânia, se prepara para o início da safra de 2022, neste sábado (03). Segundo informações da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Hidrolândia, há cerca de 70 mil pés de jabuticaba catalogados na cidade e a expectativa é que a temporada 2022 renda mais de R$ 10 milhões para os produtores. O trabalho nos pomares é realizado com assistência técnica da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), que auxilia os produtores em relação ao processamento e à comercialização de jabuticaba e produtos derivados.

Seguindo a tradição, a partir de setembro a cidade abre a temporada de visitas às propriedades para a prática de ecoturismo, onde os visitantes podem desfrutar de caminhadas nos pomares, apreciam os frutos e seus derivados, como geleias, licores e doces. “O início da safra é marcado pelo começo da irrigação nos pomares. Como de costume, os produtores aguardam o período das chuvas, que começam esparsas a partir de setembro e fazem com que a safra se estenda até a primeira quinzena de novembro”, informa Alenir Batista, extensionista local da Emater.

A Agência auxilia tecnicamente os produtores, com orientações sobre a produção e a manipulação do fruto. Atualmente, cerca de 114 propriedades produtoras de jabuticaba são acompanhadas pela instituição em Hidrolândia. “A Emater atua junto ao produtor, contribuindo para agregação de valor aos seus produtos, o que é uma forma de expandir o portfólio das famílias rurais, com consequente incremento de renda para essas pessoas. Atualmente, oferecemos orientações em relação à comercialização e ao processamento artesanal de produtos derivados da jabuticaba no município de Hidrolândia, onde se concentra a maior produção do Estado de Goiás”, explica o presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende.

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Além disso, são desenvolvidas na Emater pesquisas que visam estudar e definir estratégias para a exploração e cultivo da jabuticaba em Goiás. A jabuticabeira é uma planta nativa da mata atlântica que se adaptou muito bem às condições do Cerrado. Entretanto, problemas relacionados à mortandade de plantas têm sido observados há mais de 20 anos em áreas com cultivo da jabuticabeira. “O projeto Fortalecimento da Cadeia Produtiva de Jabuticaba teve início em 2021, onde foram realizadas visitas técnicas e coleta de material de estudo. Desde então, foram realizados cursos de processamento da fruta com enfoque em produtos doces e salgados; levantamento de fitonematóides e da microbiota em 12 propriedades e publicação do estudo do perfil econômico da jabuticaba no município de Hidrolândia”, explica a pesquisadora da Emater, Taís Ferreira de Almeida.

O trabalho da Emater no município é realizado em conjunto com a Prefeitura de Hidrolândia, por meio da Secretaria de Turismo e Cultura, e outros parceiros. Segundo o secretário, Silvio Quirino, a parceria com a Emater é de suma importância para o município. “Juntos, atuamos para coletar informações no campo, realizamos projetos de capacitação dos produtores e também trabalhamos em prol da divulgação e reverberação das nossas atividades, a fim de encontrar e conectar os produtores da nossa cidade”, ressalta Quirino.

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Maior pomar de jabuticaba do mundo tem acompanhamento da Emater

Detentora do título de maior pomar de jabuticaba do mundo e assistida pela Emater, a Fazenda e Vinícola Jabuticabal está com alta expectativa para a safra deste ano. Ao todo, é esperada a colheita de 1.400 toneladas do fruto, provenientes dos 42 mil pés de jabuticaba na propriedade. “Produzimos derivados da fruta, como aguardente, licores, geleias, fermentados e outros produtos. Também realizamos atividades de turismo rural, abrindo as portas da fazenda e da vinícola para visitantes”, destaca Marcos Paulo Batista, responsável técnico da Vinícola Jabuticabal.

A produção de jabuticaba movimenta a economia local e coloca o município no mapa como o maior produtor do fruto no Brasil, de acordo com o censo agropecuário de 2017 do IBGE. A Emater, como ente de assistência técnica e extensão rural do Governo de Goiás, propicia que os benefícios sejam estendidos a muitas famílias rurais do município. “A instituição é de grande importância para nós, pois através dela temos acesso a cursos, simpósios, trabalhos de extensão rural e auxílios técnicos que nos deixam mais preparados e amparados durante a produção e comercialização da jabuticaba”, completa Marcos Paulo Batista.

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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