Com baixo estoque, fundação em SP precisa de sangue com urgência

O estoque de sangue dos tipos O+, O-, A- e B- da Fundação Pró-Sangue está em situação de emergência. O órgão, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, está pedindo doações urgentes. Segundo a fundação, a quantidade de sangue disponível no momento garante o abastecimento dos hospitais por menos de um dia, o que pode comprometer o tratamento de pacientes internados ou que dependem regularmente de transfusão.
“A situação é de fato muito preocupante. Já faz um bom tempo que as reservas operam em condições de escassez, e a Pró-Sangue está com dificuldade para reverter o cenário de criticidade. Se o número de doações não aumentar, pode haver risco de desabastecimento”, alerta a Fundação Pró-Sangue.
De acordo com as Pró-Sangue, a queda acentuada dos estoques se deve em parte ao período de férias, quando as pessoas viajam e deixam a doação de sangue em segundo plano. “Além disso, temos o surto de Influenza e o aumento dos casos de covid pela variante Ômicron, que acabam afastando os candidatos das unidades de coleta”.
Para fazer a doação é preciso agendar pelo site da Pró-Sangue. Além de fazer o agendamento, o candidato deve verificar os requisitos básicos para doação, como estar em boas condições de saúde e alimentada, ter entre 16 e 69 anos de idade (para menores de idade, consultar site da Pró-Sangue), pesar mais de 50 kg e levar documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato.
Recomenda-se também evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem à doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. Se o candidato estiver com gripe ou resfriado, não deve doar temporariamente. Mesmo que tenha se recuperado, deve aguardar uma semana para que esteja novamente apto à doação.
Para tirar as dúvidas também é possível consultar o Alô Pró-Sangue, pelo 11 4573-7800.
Edição: Fernando Fraga


SAÚDE
“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.
Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.
A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.
- 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)
Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.
Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.
Ana Freire
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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