Conheça 5 tendências para o mercado de carros elétricos
O mercado de veículos elétricos está aos poucos tomando conta do mercado. Na Europa e EUA isso acontece com mais rapidez em relação a outros países como o Brasil. De qualquer maneira, se o mercado brasileiro aderir à tendência mundial, 60% dos novos veículos vendidos no país serão elétricos até 2035.
Quem diz isso é a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) . Mas para isso é preciso investimentos, tanto em planejamento como em infraestrutura. De acordo com Ricardo David, sócio-fundador da Elev , empresa que oferece ao mercado soluções para o ecossistema de mobilidade elétrica, é importante que o Brasil tenha uma agenda urgente mais ativa relacionada ao tema.
“Todas as informações que nós temos hoje em dia mostram que a eletromobilidade veio para ficar. Também é válido considerar o próprio interesse do consumidor, que vem crescendo durante os anos”, pontua David.
Confira a lista com as cinco tendências selecionadas pelo especialista do mercado:
1. Agenda ativa para discussão sobre mobilidade elétrica
O novo relatório da Federação de Estradas da Noruega mostra que 77,5% dos veículos vendidos em setembro no país foram carros elétricos. A Noruega é o líder mundial na mudança para a eletromobilidade e busca acabar com a venda de veículos de combustíveis fósseis até o ano de 2025. Esse cenário pode ser observado em todo mundo e, mais recentemente, nos Estados Unidos.
Além disso, o Acordo de Paris, e as convenções internacionais que buscam a redução do efeito estufa auxiliam no crescimento do setor.
2. Transporte público
Um dos pontos que vamos observar grandes transformações em um futuro próximo será no transporte público . O mercado global de ônibus elétricos está em expansão, com projeção de atingir 704 mil unidades até 2027, segundo dados publicados pela MarketsandMarkets.
Porém, para o segmento ganhar de fato o Brasil, ainda há a necessidade de mudança no processo de contratação de empresas de transporte público nos municípios.
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Na América do Sul já temos exemplos de cidades que adotam esse modelo, como é o caso de Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia), que têm frotas de ônibus elétricos de 400 veículos e cerca de 1.000, respectivamente.
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3. Carros/ônibus como geradores de energia emergencial
Além do combate a emissão de gases do efeito estufa , os carros elétricos podem auxiliar as cidades como geradores em situações emergenciais, podendo fornecer energia para hospitais, asilos e escolas. Temos a possibilidade de utilizar esses veículos como verdadeiros geradores móveis para alimentar essas unidades em situações de necessidade.
“Você tem a possibilidade de usar esses verdadeiros geradores móveis para alimentar essas unidades. Algo que pode salvar vidas. Sabemos dos problemas da falta de energia em unidades hospitalares, que não são assistidas por geradores de emergência confiáveis. Há um modelo que torna possível utilizar os veículos elétricos para essa finalidade”, afirma Ricardo.
4. Baterias
Uma das principais tendências que podemos observar hoje em dia é o avanço tecnológico das baterias inclusive no Brasil, que estão mais leves, sofisticadas e com grande autonomia e com novas tecnologias de produção, a base de nióbio e grafeno.
Com a maior autonomia dos veículos, os carros poderão simplesmente serem carregados em condomínios e residências. Isso é, com as novas baterias que duram mais tempo, o proprietário de um veículo elétrico só terá a preocupação de recarga quando estiver em casa.
5. Uso compartilhado dos carros elétricos
A última, mas não menos importante, tendência é em relação aos carros compartilhados , como é o caso de aplicativos como o Uber. O especialista afirma que haverá, além da utilização de carros elétricos nos serviços já conhecidos, poderão surgir novos meios que busquem na eletromobilidade a sua principal forma de locomoção.
As sociedades, principalmente as mais urbanas, vão passar, seguramente, a usar o carro elétrico de forma compartilhada como acontece em algumas cidades com patinetes e bicicletas . Outra vantagem será a redução de engarrafamentos e o menor número de veículos andando na rua.
CARROS E MOTOS
Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Fonte: Carros
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