Conheça a Dacon, autorizada VW dos anos 60 que importava carros da Porsche

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Dacon também comercializava veículos de outras marcas
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Dacon também comercializava veículos de outras marcas

Nos anos 60, nenhum automóvel importado para o Brasil poderia custar mais de 3500 dólares. O engenheiro Paulo Goulart sonhava em trazer ao país carros com o emblema da Porsche , fabricante dos motores que sua equipe Dacon (Distribuidora de Automóveis, Caminhões e Ônibus Nacionais) – nome da concessionária da Volkswagen fundada por ele – usava para equipar seus Karmann-Ghia – e com os quais venceu as principais corridas nacionais, exceto as Mil Milhas de Interlagos. O entrave era justamente o preço: o modelo mais barato produzido em Stuttgart, o 912 , custava 4000 dólares.

Em 1967, já dono de uma concessionária Volkswagen , Goulart acreditava ser possível trazer pelo menos cinco Porsche por mês ao Brasil. Naquele ano, o designer Anísio Campos , que foi piloto da equipe Dacon ao lado de José Carlos Pace e Emerson Fittipaldi montou um dossiê e, com base no projeto do Paulo, foi à Alemanha negociar a importação dos veículos.

Fachada da Dacon, importadora dos esportivos da Porsche
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Fachada da Dacon, importadora dos esportivos da Porsche

Dessa viagem veio a solução: uma adaptação feita especialmente para o Brasil do modelo 912 , que ganhou a letra E, de Export. Com menos equipamentos e levando o motor 1.6 do extinto 356 , os primeiros cinco Porsche desembarcaram no Rio de Janeiro em 1968, custando 3410 dólares. Em São Paulo, foram recebidos com uma festa que reuniu quase

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todos os pilotos da cidade. Naquele dia, 18 unidades do 912E já estavam pré-vendidas.

Porsche 911 da década de 90 foi um dos últimos importados pela Dacon
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Porsche 911 da década de 90 foi um dos últimos importados pela Dacon

Dois anos depois, a lei foi alterada e a Dacon pôde oferecer toda a linha Porsche da época. Em 1975, porém, nova mudança na legislação proibiu de vez a importação de veículos. Nesses sete anos, a concessionária vendeu cerca de 300 carros, incluindo modelos 911 e 914 . Quando a importação de automóveis voltou a ser permitida, em 1990, a Dacon ainda venderia mais um Porsche, modelo 944 . Como parte da estratégia de marketing na época foi um alvoroço ver algumas unidades dos modelos 911 e 944 içados por cabos de aço e parou o trânsito chamando a atenção das pessoas que passavam pelos cruzamentos da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Cidade Jardim.

Porsche 911 da década de 90 foi um dos últimos importados pela Dacon
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Porsche 911 da década de 90 foi um dos últimos importados pela Dacon

A concessionária encerrou suas atividades em 1996 e a representação da marca alemã foi assumida pela importadora, a Stuttgart Sportcar .

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Fonte: IG CARROS

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CARROS E MOTOS

Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas

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Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero
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Ainda bem cedo, os competidores se dirigem à largada. A temperatura esteve próxima do zero

Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.

Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.

O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.

As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso
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As motonetas cruzaram alguns centros urbanos durante o percurso

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E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.

Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.

Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.

Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.

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Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.

O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986
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O vencedor André Sain, com sua Vespa PX 200 1986

Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.

Fonte: Carros

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