Construção civil está mais otimista apesar de queda de emprego

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Levantamento divulgado hoje (25) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, apesar de uma melhora de expectativas, o setor de construção civil registra queda no nível de atividade e de emprego. De acordo com a entidade, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção) cresceu 2,9 pontos em junho, atingindo a marca de 58,9 pontos. Pelo segundo mês consecutivo, o índice rompe uma série de quedas observadas desde o início do ano.

Já o índice que avalia a evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 48,4 pontos em maio, valor situado abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando “queda na atividade com relação ao mês anterior, mas em um ritmo menor que aquele registrado em abril, quando o índice foi de 46,5 pontos”, explica a CNI. 

No quesito “evolução do emprego”, o índice ficou em 48,2 pontos em maio, o que também indica, segundo a CNI, “queda com relação ao mês anterior, mas em um ritmo menor que o registrado em abril, quando alcançou 46,1 pontos”.

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Os índices analisados variam de zero a 100 pontos. Quando acima da linha de corte de 50 pontos, indicam que os empresários estão confiantes. Em abril, o índice relativo à atividade estava em 46,5 pontos. No caso do índice evolução do emprego, é o sexto mês consecutivo de queda. Em maio de 2020, ele estava em 37,5 pontos; e em abril e maio de 2021 ele ficou em 46,1 e 48,2 pontos, respectivamente.

Ainda segundo o levantamento, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) se manteve estável em 63% no mês de maio – mesmo patamar que o registrado em abril. Em maio de 2020, a UCO estava em 53%.

“O indicador contrasta com o nível observado em maio de 2020, quando o setor sentia os efeitos da crise econômica causada pelo surgimento da pandemia de covid-19 no Brasil. Naquele mês a UCO havia sido de 53%”, detalha a entidade.

O índice de Condições Atuais da construção passou de 47,1 pontos para 50,9 pontos. “Ao ultrapassar a linha divisória dos 50 pontos, o indicador mostra a transição de uma percepção negativa para uma percepção positiva”, diz a CNI.

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Expectativas avançam em junho

Com os índices de expectativa dos empresários da construção aumentando em junho, sinalizando “maior disseminação do otimismo”, a expectativa da CNI é de aumento dos níveis de atividade e de novos empreendimentos, assim como a compra de insumos e o número de empregados do setor. A intenção de investir da indústria da construção ficou estável entre maio e junho. O índice variou -0,2 ponto, se situando em 41,6 pontos, acima da sua média histórica.

Edição: Lílian Beraldo

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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