Economia

Contribuição do agro não atinge produtos da cesta básica

Explicação ocorreu durante sessão desta quarta-feira (16), na Assembleia Legislativa, pelo relator dos projetos de lei que criam o Fundeinfra, deputado Talles Barreto.

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Deputado Estadual Talles Barreto durante sessão na Assembleia Legislativa diz que contribuição do agro não atinge produtos da cesta básica. Foto: Alego.

A contribuição sobre a comercialização de produtos agropecuários e minérios não incidirá sobre os itens que compõem a cesta básica. A informação foi reiterada pelo deputado estadual Talles Barreto, relator dos projetos que criam o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), nesta quarta-feira (16), durante tramitação na Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento na Assembleia Legislativa (Alego).

“Está claro que leite, feijão, arroz, ou seja, os produtos da cesta básica não terão contribuição. A agricultura familiar também não terá contribuição e não haverá bitributação”, esclareceu o parlamentar durante sessão. Talles Barreto parecer favorável ao projeto do governo estadual. De acordo com a proposta do Governo de Goiás, o Fundeinfra terá teto previsto em lei de 1,65% e irá incidir sobre a produção de soja, milho, cana de açúcar, exportação de carnes e minérios.

A estimativa do Governo de Goiás é arrecadar por ano, por meio do Fundeinfra, em torno de R$ 700 milhões, o que vai garantir investimentos na pavimentação e manutenção de rodovias, que ficariam prejudicados em função da queda da arrecadação estadual, motivada pela redução da alíquota de ICMS na comercialização de combustíveis, energia elétrica e de outros, com impacto previsto de R$ 5 bilhões para o Tesouro Estadual em 2023.

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Ainda conforme o parlamentar, o recurso não vai para o Tesouro Estadual, mas direto para o fundo. “A Secretaria de Economia não terá autonomia nele. Não poderá ser usado em saúde, segurança pública e educação. E é bom ressaltar que esse recurso será gerido por um conselho fiscal com o próprio agronegócio presente nele”, frisou Talles Barreto.

A contribuição é facultativa e condicionante para acesso a benefícios fiscais do Estado. A destinação do recurso será exclusiva para obras como pavimentação e manutenção das rodovias goianas, construção de pontes e outras.

Pesquisa

O Fundeinfra virá para atender justamente o que é o maior desejo do setor produtivo. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que os empresários do Centro-Oeste têm como prioridade investimentos em transportes.

Dos 2.500 ouvidos no levantamento da CNI, 73% dizem que o principal gargalo da infraestrutura é o transporte. E para desenvolver a indústria do Centro-Oeste brasileiro, os empresários destacam a ampliação/duplicação de rodovias (34%), além de melhorar a infraestrutura das estradas.

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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