Controle da umidade: fator essencial para a qualidade do feijão

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As condições climáticas adversas vêm impactando a colheita da primeira safra de feijão das águas em algumas regiões do Brasil, comprometendo a qualidade dos grãos. O teor de umidade é um dos principais fatores a serem monitorados tanto na colheita quanto no armazenamento, influenciando diretamente a conservação e comercialização do produto.

Grãos colhidos com alta umidade tornam-se mais vulneráveis ao desenvolvimento de fungos e microrganismos, além de demandarem secagem artificial para evitar perdas. “A umidade influencia fatores como a incidência de pragas e a necessidade de secagem, sendo essencial um monitoramento rigoroso para garantir a qualidade do feijão produzido no país”, destaca Roney Smolarek, engenheiro agrônomo da Loc Solution, empresa paranaense especializada no fornecimento e aluguel de equipamentos para controle de umidade de grãos da marca Motomco.

Para garantir a integridade dos grãos, especialistas recomendam que a colheita seja realizada quando a umidade estiver entre 15% e 18%, faixa considerada ideal. “Além da colheita no momento adequado, o armazenamento também desempenha papel fundamental. O controle de temperatura e umidade é essencial para evitar perdas e assegurar um produto de qualidade ao consumidor”, reforça Smolarek.

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A umidade do feijão pode ser aferida com medidores específicos, disponíveis em versões portáteis e de bancada, garantindo alta precisão na análise. “Os modelos portáteis são ideais para produtores rurais, permitindo medições diretas no campo. O Motomco 999E, por exemplo, atende toda operação que exige monitoramento da umidade dos grãos e subprodutos, exceto para comercialização. O equipamento conta ainda com um aplicativo exclusivo que permite visualizar históricos, leituras digitais, gráficos, ativação e calibração de medidores”, explica o engenheiro agrônomo.

Atualmente, mais de 40% da safra de feijão das águas já foi colhida no Brasil. No Paraná, a colheita está em fase final, com aproximadamente 91% das áreas já colhidas. O clima instável, com períodos intercalados de chuvas e estiagem, desacelerou as operações e contribuiu para o aumento de doenças de final de ciclo, impactando a qualidade dos grãos em maturação, conforme aponta o Boletim da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A previsão é de que sejam colhidas 341,7 mil toneladas em uma área de 169,2 mil hectares. Em comparação com o ciclo anterior, houve crescimento na produção, que registrou 160,4 mil toneladas cultivadas em 107,8 mil hectares.

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Para cooperativas, tradings e armazéns, a Loc Solution oferece o modelo Motomco 999 FBI, semiautomático e aprovado pelo Inmetro. “O equipamento conta com software interativo de fácil utilização, mesmo para quem nunca operou o aparelho. Além disso, dispõe de um aplicativo exclusivo que permite o monitoramento da umidade dos grãos por meio de leituras digitais, gráficos, calibração e acesso a manuais de funcionamento”, explica Fernanda Rodrigues da Silva, gerente de Relacionamento com o Cliente da empresa.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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“Biocombustíveis não são vilões da inflação”, diz presidente da CTE na Câmara

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O debate sobre os impactos dos biocombustíveis na inflação voltou à tona nos primeiros meses de 2025, com o governo atribuindo parte da alta de preços a esses produtos. Para o deputado federal e presidente da Comissão de Transição Energética da Câmara dos Deputados, essa narrativa é equivocada e pode prejudicar a implementação de políticas estratégicas para o setor.

Ele destacou que a tentativa de vincular biocombustíveis ao aumento do custo de vida contrasta com a recente sanção da Lei do Combustível do Futuro, que atraiu R$ 200 bilhões em investimentos para ampliar a participação de combustíveis renováveis na matriz energética brasileira. “Não podemos deixar que a polêmica ‘food versus fuel’, criada na Europa, atrapalhe o avanço das energias renováveis no Brasil”, afirmou.

O parlamentar rebateu a ideia de que o Brasil enfrenta uma competição por terras agricultáveis como ocorre na União Europeia. Ele apontou que, enquanto países como Dinamarca, Irlanda e Países Baixos destinam mais de 60% de seus territórios à agricultura, o Brasil utilizou apenas 9% de sua área para a produção agropecuária em 2024. Além disso, há cerca de 159 milhões de hectares degradados, dos quais 36 milhões poderiam ser recuperados para a produção de alimentos sem comprometer biomas preservados.

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A alta do óleo de soja, segundo o deputado, não tem relação com a produção de biodiesel, mas sim com fatores como a quebra de safra devido a questões climáticas e a valorização do dólar. Ele lembrou que, durante a pandemia, o preço do óleo de soja disparou e, em 2023, registrou uma deflação de 36%. No entanto, com a safra recorde de 2024/25, a tendência é de acomodação nos preços, o que deve aliviar a pressão sobre os custos dos alimentos.

O mesmo ocorre com o milho. O parlamentar destacou que o aumento da produção de etanol de milho não impactou os preços dos alimentos, pois os estoques do grão no Brasil permanecem em níveis confortáveis. “Nosso mercado segue alinhado ao internacional, e o crescimento da produção de biocombustíveis não compromete a oferta alimentar”, ressaltou. Ele também destacou a importância da “safrinha”, que aumenta a oferta do grão sem afetar os preços e permite que o país produza energia renovável sem prejudicar a segurança alimentar.

Outro ponto criticado foi a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de reduzir a adição de biodiesel ao diesel fóssil de 15% para 14% (B14), medida que entrará em vigor em março. Segundo o deputado, o argumento de que essa redução evitaria impactos nos preços dos alimentos não se sustenta, uma vez que há oferta suficiente de soja no mercado. “O Brasil produziu 147,38 milhões de toneladas de soja em 2024, mas apenas 54 milhões foram esmagadas para biodiesel. Além disso, o biocombustível reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 80%”, afirmou.

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O parlamentar também mencionou a importância do aumento da mistura de etanol na gasolina. No dia 17 de março, o Ministério de Minas e Energia apresentará os estudos do E30, que prevê a elevação do percentual de etanol na gasolina de 27% para 30%. “Isso tornará o Brasil autossuficiente em gasolina. Manter o percentual atual passa uma mensagem negativa ao mercado e pode frear investimentos em biocombustíveis”, alertou.

Para o presidente da Comissão de Transição Energética, os biocombustíveis são a alternativa mais custo-efetiva para a descarbonização e representam uma grande oportunidade para investimentos e geração de riqueza. “Não abriremos mão disso. O Brasil tem uma vantagem competitiva única no setor, e precisamos consolidá-la”, concluiu.

Fonte: Pensar Agro

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