Cotonicultores certificados pelo ABR na safra 2023/2024 terão desconto de 0,5% nos juros do Plano Safra 2024/2025

Cotonicultores cujas fazendas foram certificadas pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) na safra 2023/2024 podem se beneficiar de um desconto de 0,5% nas taxas de juros do custeio do Plano Safra 2024/2025. A concessão do benefício é fruto do reconhecimento do ABR como parte do programa Brasil Agro Mais Sustentável, conforme anunciado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA).
Para acessar o desconto, os cotonicultores devem estar registrados na plataforma Agro Brasil Mais Sustentável até o dia 30 de junho. O primeiro passo é procurar as associações estaduais pertinentes.
Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa, destacou que o incentivo é uma forma de reconhecer os produtores que adotam práticas sustentáveis no cultivo do algodão. “Nosso compromisso é fortalecer a posição do Brasil como líder mundial na produção de algodão responsável, consolidando nossa liderança no mercado internacional”, afirmou Piccoli.
Carlos Fávaro enfatizou que o benefício financeiro representa uma vantagem adicional para os produtores que demonstram comprometimento com as questões sociais e ambientais. “O setor do algodão foi pioneiro ao ser a primeira cadeia produtiva a se beneficiar desta iniciativa, alinhando-se com a visão de sustentabilidade”, declarou o ministro, durante encontro com Piccoli na última quarta-feira (12).
O ABR
Criado em 2012, o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) tem como objetivo promover a padronização e o aperfeiçoamento contínuo na gestão dos recursos naturais, das condições de trabalho e das técnicas de cultivo nas fazendas de algodão. Na safra 2023/2024, o ABR certificou 451 unidades produtivas, representando 3,04 milhões de toneladas de algodão, o que equivale a 83% da produção nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Expodireto 2025: Estratégias para Maximizar a Rentabilidade da Produção de Erva-Mate

Durante a Expodireto Cotrijal 2025, o 17º Fórum Florestal trouxe à tona debates sobre como valorizar a erva-mate do Rio Grande do Sul e explorar o potencial da geração de créditos de carbono. O evento destacou, ainda, a realização de um concurso para premiar a maior árvore da espécie no estado.
Enio Schroeder, vice-presidente da Cotrijal, sublinhou a importância da preservação ambiental e os impactos positivos da iniciativa. “O Fórum Florestal é fundamental porque aborda questões essenciais para a nossa vida, como a necessidade de preservarmos as florestas e a natureza. É um espaço de reconhecimento para aqueles que, muitas vezes sem visibilidade, fazem uma enorme diferença”, afirmou.
Selia Felizari, coordenadora do Polo Ervateiro do Nordeste Gaúcho e presidente da Apromate, anunciou a concessão do Registro de Indicação Geográfica “Erva-mate Região de Machadinho”, conferido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 4 de fevereiro. “Este registro é um marco na valorização da erva-mate e no reconhecimento da história da colonização da região, com imigrantes italianos que chegaram em busca do ‘ouro-verde’, a erva-mate nativa”, explicou.
Os estudos para essa certificação começaram em 2014 e resultaram no registro da cultivar Cambona 4 no Ministério da Agricultura e Pecuária. A iniciativa visa conciliar produção e sustentabilidade, com práticas que incorporam espécies nativas nas áreas de cultivo. Segundo Selia, a erva-mate, quando bem manejada, oferece maior rentabilidade do que culturas como a soja. “Plantamos erva-mate junto a outras espécies nativas, e a produtividade é excelente, já que essas terras são de fácil manejo”, afirmou.
A Apromate, que reúne 591 produtores, espera que a certificação contribua para valorizar ainda mais o produto, além de incentivar o turismo e ampliar os mercados. Entre os principais importadores da erva-mate gaúcha estão Uruguai, Síria, Estados Unidos e países europeus.
Outro ponto importante abordado no fórum foi a geração de créditos de carbono por meio do cultivo de erva-mate. Gabriel Dedini, engenheiro agrônomo da Fundação Solidaridad, apresentou um projeto que visa conectar a produção agrícola ao sequestro de carbono. “Estamos trabalhando com a cultura da erva-mate no Sul do Brasil desde 2014, desenvolvendo modelos agrícolas de baixo carbono com assistência técnica responsável”, explicou Dedini.
O projeto busca criar uma rede de produção sustentável e promover a erva-mate no mercado internacional, além de gerar pagamentos por serviços ambientais. Dedini mencionou que investimentos de milhões de euros estão sendo considerados para implementar o projeto em três polos ervateiros do estado.
No encerramento do evento, foi lançado o concurso “Árvores Gigantes do Rio Grande do Sul – 2025: o ano da erva-mate”. Jaime Martinez, professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), explicou que o concurso visa identificar a maior árvore da espécie Ilex paraguariensis do estado. “Queremos despertar nos proprietários rurais o interesse pelas árvores de suas propriedades, valorizando as árvores mais antigas e geneticamente resistentes”, disse.
As inscrições para o concurso serão realizadas nos escritórios da Emater/RS, com o resultado sendo anunciado no Dia da Árvore, em 21 de setembro de 2025. O concurso será coordenado pelo Laboratório de Manejo da Vida Silvestre (LAMVis) da UPF, com apoio da Emater/RS e participação de entidades do setor ervateiro.
O Fórum Florestal contou com a promoção da Emater/RS, Cotrijal, Programa Gaúcho para a Qualidade e Valorização da Erva-Mate, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Embrapa Florestas, Sindimate/RS, Sindimadeira/RS, Ageflor, Ibramate e Apromate.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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