Covid-19: mais de 60% dos indígenas maiores de 18 anos foram vacinados

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Mais de 60% dos indígenas maiores de 18 anos de idade atendidos pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 desde o início da campanha, no dia 18 de janeiro. A ação cumpre as especificidades da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, ajuizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que reivindica uma série de medidas emergenciais para proteger os povos indígenas da covid-19.

Segundo o Ministério da Saúde, dos 247 mil indígenas vacinados, 86,8 mil já tomaram a segunda dose. A vacinação é realizada pelas equipes multidisciplinares de saúde indígena dos 34 distritos sanitários especiais indígenas (DSEI).

O ministério destacou que já distribuiu quantidade de vacinas suficiente para imunizar 100% dos indígenas que fazem parte do primeiro grupo alvo da campanha e informou que, até o momento, mais de 334 mil doses foram aplicadas nessa população. A logística de distribuição das vacinas obedece ao Plano Nacional de Operacionalização contra a Covid-19 e conta com parceria do Ministério da Defesa e das secretarias estaduais e municipais de Saúde para o transporte das doses até os distritos.

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A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) realiza a campanha de vacinação em cerca de 6 mil aldeias. A estratégia operacional envolve 14 mil profissionais de saúde indígena. Os dados relativos às doses aplicadas e às coberturas vacinais nas aldeias estão disponibilizados no portal da Saúde Indígena e no LocalizaSUS.

O ministério ressalta que, devido à inexistência de sinal de celular ou de acesso à internet nas áreas mais remotas, há dificuldade de registro imediato no Sistema de Informação do Plano Nacional de Imunizações (SI-PNI). De acordo com a Sesai, não foram registrados eventos adversos na aplicação do imunizante entre a população indígena.

Reservas

Cerca de 755 mil indígenas estão cadastrados no SasiSUS e são atendidos pela ADPF 709. Desses, 410 mil são maiores de 18 anos e poderão ser imunizados no primeiro lote. Os 20 mil profissionais de saúde das equipes multidisciplinares de saúde indígena dos 34 DSEI também receberão a vacina.

As especificidades da ADPF 709 incluem todas as terras e reservas indígenas que estejam em qualquer fase de estudos a homologação do processo administrativo de demarcação da Fundação Nacional do Índio (Funai), informou o Ministério da Saúde. A prioridade para a população indígena é justificada por critérios epidemiológicos, modo de vida coletivo e dificuldades geográficas para acesso aos serviços de saúde.

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Desde o ano passado, a Sesai promove um trabalho de conscientização nas aldeias, no qual os profissionais de saúde reforçam a importância da imunização de todos os indivíduos, ressaltam a não obrigatoriedade da vacinação e reafirmam que as vacinas são seguras e têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.

Os indígenas que vivem nas cidades ou no meio rural serão imunizados pelos serviços municipais ou estaduais de saúde, seguindo o cronograma de cada localidade.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Saúde

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SAÚDE

Ministério da Saúde intensifica vacinação contra a febre amarela na Ilha do Marajó (PA)

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O Centro de Operações de Emergência para Dengue e Outras Arboviroses (COE Dengue) está apoiando uma importante ação de vacinação contra a febre amarela na Ilha do Marajó (PA). A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde, com a secretaria municipal de saúde da cidade de Breves (PA) e garantiu a vacinação de 300 moradores das comunidades de Corcovado e Mainardi, além de ribeirinhos da zona rural, que receberam a dose única da vacina nos últimos dias. Breves, o município mais populoso da ilha, está recebendo suporte técnico do COE Dengue desde o último dia 5, para fortalecer as ações locais de preparação, vigilância e resposta à doença. 

Além das doses de prevenção contra a febre amarela na comunidade do Corcovado, também foram administradas 116 doses para influenza e 66 vacinas de rotina para a atualização da caderneta de vacinação. A ação foi acompanhada por técnicos da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps). A campanha de vacinação contou com uma enfermeira e duas técnicas de enfermagem da saúde local, uma técnica de enfermagem do Posto de Saúde da Família (PSF) Maria Alves Cardoso de Corcovado e quatro Agentes Comunitárias de Saúde (ACSs). 

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A comitiva do COE é composta por especialistas do Instituto Evandro Chagas (IEC), do Centro Nacional de Primatas (CENP), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (Saes) e da SVSA. A equipe acompanhou a campanha de vacinação na comunidade de Mainardi, onde 189 pessoas foram imunizadas contra a febre amarela. 

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Foto: Gabriel Bandeira/MS

Pelos rios da zona rural 

Na zona rural de Breves, a comitiva se desloca por meio da navegação. A equipe atua nos rios Limão, Limãozinho, Jacarezinho e Jaburu, conduzindo uma ação itinerante de controle e prevenção da doença. Na zona rural, já foram vacinadas 84 pessoas e entrevistadas mais de 200. Ontem (11), a embarcação seguiu a missão na comunidade de Arrozal. 

Mais de 440 mil doses para o Pará 

Atualmente, a cobertura vacinal contra a febre amarela no Brasil é de 72,6%. No estado do Pará, esse índice está em 54 %, enquanto no município de Breves apresenta metade da média estadual. Para reforçar a imunização, o Ministério da Saúde já enviou 442.400 doses ao Pará neste ano.

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A vacinação é a principal estratégia de prevenção contra a febre amarela. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente a vacina para toda a população. Desde abril de 2017, o país adota o esquema de dose única ao longo da vida, conforme as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Gabriel Bandeira
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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