Covid-19: ministério autoriza mais 1,6 mil leitos de UTI

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O Ministério da Saúde autorizou mais 1.639 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento de pacientes com covid-19. Também foram autorizados oito leitos de UTI pediátrica.

Serão atendidas 64 cidades dos estados de Goiás e São Paulo com o custeio dessas estruturas de atendimento. Ontem, o ex-governador de Goiás Helenês Cândido morreu no estado após esperar por três dias um leito de UTI. Em São Paulo, pessoas começaram a morrer também na espera de leitos.

A autorização é a nova modalidade de apoio financeiro dada pelo Ministério da Saúde, que substituiu a habilitação de leitos. O governo federal arca com parte das despesas. Mas agora o pagamento não é mais antecipado, mas sim mensal.

Colapso

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicou boletim extraordinário do Observatório da Covid-19 analisando a situação da pandemia e concluindo que o Brasil vive o maior colapso sanitário e hospitalar da história do país.

No momento, 24 estados e o Distrito Federal possuem taxas de ocupação de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde iguais ou acima de 80%. Ficam de fora apenas Roraima e Rio de Janeiro. Do total, 15 Unidades da Federação chegaram a índices de ocupação dessas estruturas acima dos 90%.

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Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Saúde

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SAÚDE

“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

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Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.

Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.

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A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.

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364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)

Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.

Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.

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Ana Freire
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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