Covid-19: Rio começa a aplicar dose de reforço em adolescentes

O Rio de Janeiro começa a aplicar hoje (30) a dose de reforço da vacina contra a covid-19 nos adolescentes de 12 a 17 anos. A recomendação para a ampliação da campanha contra a doença foi publicada na sexta-feira (27) pelo Ministério da Saúde.
Pode receber a dose extra quem tomou a segunda dose ou a dose única há pelo menos quatro meses. Segundo o ministério, os adolescentes receberão, prioritariamente, a vacina na norte-americana Pfizer, mas pode ser aplicada também a Coronavac, caso a Pfizer não esteja disponível.
Para completar o esquema básico de vacinação, para pessoas a partir dos 5 anos de idade, os intervalos entre a primeira e a segunda doses são de 28 dias para a Coronavac, oito semanas para quem tomou a Astrazeneca e de 21 dias para a vacina da Pfizer.
No município do Rio, a segunda dose de reforço está sendo aplicada em quem tem 60 anos ou mais e tomou a primeira dose de reforço há pelo menos quatro meses.
Em São Paulo, a aplicação do reforço nos adolescentes também começa hoje.
Painel
Os painéis da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro indicam que 65,2% da população com 18 anos ou mais tomaram a dose de reforço contra a covid-19, mas a proporção vem caindo junto com a idade.
Na faixa de 65 a 69 anos, está em 94% com dose de reforço; de 60 a 64 anos, 92% tomaram a terceira dose, proporção que cai para 76% na faixa de 50 a 59, 63% de 40 a 49 anos, 51% de 30 a 39 e apenas 43% dos jovens de 20 a 29 anos retornaram aos postos de saúde para receber o reforço.
Entre os adolescentes de 12 a 19 anos, 100% receberam pelo menos uma dose e faltam 108,6 mil completarem o esquema básico com duas doses, com 10% já tendo recebido a dose de reforço. Na faixa de 5 a 11 anos, faltam 124 mil crianças iniciarem a imunização contra a doença.
Edição: Graça Adjuto


SAÚDE
“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.
Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.
A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.
- 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)
Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.
Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.
Ana Freire
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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