Covid-19: Rio distribui doses para segunda aplicação da vacina

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro finaliza hoje (2) a distribuição das 202.570 doses de vacinas contra a covid-19 para os 92 municípios do estado. O estado recebeu na noite de terça-feira (31) 112.320 doses do imunizante da Pfizer e 90.250 da AstraZeneca. Todas as doses são destinadas à segunda aplicação do esquema vacinal.
Segundo a SES, os municípios do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá retiraram ontem suas partes da remessa. Na manhã de hoje, vans e caminhões fazem a distribuição para municípios das regiões dos Lagos, Metropolitana 1 e 2, Serrana, Centro-Sul e Médio Paraíba.
Ainda pela manhã, dois helicópteros levarão as doses para as regiões Norte, Noroeste e Costa Verde do estado.
Com isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro mantém suspenso o calendário de aplicação da primeira dose em adolescentes. “Sendo assim, a vacinação dos adolescentes de 15 anos somente poderá acontecer quando o Ministério da Saúde enviar mais doses da Pfizer, único imunizante aprovado pela Anvisa para aplicação na população menor de 18 anos”, informou a SMS.
Segundo informações do Ministério da Saúde, no estado do Rio de Janeiro a população a partir de 18 anos que falta receber a primeira dose soma 1,3 milhão de pessoas, o que equivale a 9,69% da população alvo. A segunda dose ainda precisa ser aplicada em 5,1 milhões de adultos, ou 38,34% do total.
Vacinação em outros estados
O estado mais adiantado é o Acre, onde 20,82% dos adultos ainda não receberam as duas doses ou dose única da vacina. O estado que proporcionalmente mais aplicou a primeira dose foi o Amazonas, com 99,44% da população a partir de 18 anos parcialmente protegida. Pelo outro lado, Rondônia ainda precisa aplicar a segunda dose em 48,06% dos adultos e Roraima precisa de iniciar a vacinação em 14,23%.
Rio de Janeiro
O painel de vacinação da cidade aponta que apenas 25% dos adolescentes de 12 a 17 anos receberam a primeira dose. Entre 18 e 19 anos, falta iniciar a vacinação de 13% das pessoas, entre 20 e 29 anos 10% não procuraram os postos para receber a primeira dose e entre 30 e 39 anos a proporção é de 8%.
De 40 a 64 anos a estimativa da população alvo foi totalmente abrangida com pelo menos e primeira dose, bem como no grupo entre 75 e 79 anos. Nas idades entre 65 e 69 anos o município completou a imunização com as duas doses. Entre 70 e 74 anos e a partir de 80 anos faltam 5% para receberem a primeira dose.
Hoje (2) a capital está aplicando a primeira dose nas pessoas com 40 anos ou mais, gestantes, puérperas, lactantes e pessoas com deficiência a partir de 12 anos, além da segunda dose. Porém, a segunda dose da CoronaVac está suspensa porque não chegaram imunizantes fabricados pelo Instituto Butantan na última remessa.
Edição: Valéria Aguiar


SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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