Cremerj lança manual para orientar grávidas e puérperas na pandemia

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No mês em que se celebra o Dia das Mães, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) lançou um guia com orientações para a proteção no período gestacional e no pós-parto, em meio à pandemia de covid-19. Autarquia responsável pela fiscalização e apoio ao exercício profissional da medicina no estado, o Cremerj esclarece, por exemplo, como proceder no caso de consultas e exames pré-natal.

O Manual para as Mamães, voltado para gestantes e puérperas está disponível em formato digital para facilitar o compartilhamento. O guia destaca a importância de manter a vacinação em dia, de praticar atividades físicas adequadas para o período de gravidez e de tomar todos os cuidados sanitários recomendados, adotando medidas como o uso de máscaras, a higienização adequada das mãos e o distanciamento social.

“Estamos todos acompanhando as notícias sobre a vacina contra a covid-19, mas temos que lembrar que existem outras vacinas que são importantíssimas na gestação, como a da gripe e a tríplice bacteriana (dTpa)”, diz o presidente do Cremerj, Walter Palis, que é ginecologista e obstetra. Segundo Palis, as visitas ao médico para consultas de pré-natal devem ser mantidas, adotando os cuidados sanitários.

“Desde o início, houve a recomendação para que as gestantes passassem a trabalhar de casa, em home office. As grávidas aparecem como pacientes com maior risco para desenvolver a doença [covid-19] de forma grave. Preocupados com isso, fizemos um guia para a sociedade, que usa linguagem acessível a todos e é bem didático”, afirmou.

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Dados compilados pelo Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 justificam a preocupação dos médicos. A média semanal de mortes de grávidas e puérpera  por covid-19 mais que dobrou em 2021 na comparação com 2020.

“Gravidez não é doença, mas é uma condição fisiológica em que há diminuição da resposta imunológica. As gestantes têm maior predisposição à gripe, têm algumas infecções oportunistas com mais frequência do que a população em geral. Ao iniciar a gravidez, o organismo da mulher registra alterações em sua atividade, porque no útero passa a existir um componente biológico que é metade geneticamente ligado à mãe e metade ligada a um ser estranho àquele ambiente, que é o pai. Então, é natural que se reduza a resposta imunológica. Por isso, o organismo pode se tornar um terreno fértil para o avanço da covid-19”, explicou o médico.

De acordo com Palis, esta não é a primeira ação do Cremerj visando à proteção de grávidas e puérperas durante a pandemia. No último mês, a autarquia defendeu a inclusão de grávidas e puérperas no grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19. Há duas semanas, o Ministério da Saúde aprovou essa inclusão (link:  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-04/ministerio-da-saude-inclui-gravidas-no-grupo-prioritario-de-vacinacao ).

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No município do Rio de Janeiro, já podem ser imunizadas gestantes a partir de 18 anos que tenham alguma comorbidade como diabetes, doenças pulmonares, hipertensão, doença cardíaca e obesidade.

Distanciamento social

Manter o distanciamento social é outra recomendação destacada no manual. A gestante deve evitar sair para fazer compras, inclusive em shopping centers, e dar preferência às compras online para  adquirir o enxoval. Eventos presenciais, como chás de bebê, também devem ser evitados e podem ser realizados em formato online.

Na internação, seja para o parto ou para alguma intercorrência, não é recomendada a presença de grande número de pessoas. “Os próprios hospitais já não permitem visitas de forma ostensiva. Está tudo mais restrito. Após a alta e a volta para casa, é claro que a chegada da criança é sempre motivo de festa, mas pedimos que isso seja postergado ou, pelo menos, que seja bem restrito ao nicho familiar”, aconselha Walter Palis.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Saúde

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SAÚDE

“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

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Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.

Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.

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A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.

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364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)

Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.

Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.

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Ana Freire
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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