Crianças também podem ter doenças reumáticas, diz especialista

Neste mês de outubro, dedicado à luta contra as doenças reumáticas, especialistas advertem que os pais devem estar atentos, porque crianças podem também desenvolver sintomas desde os primeiros anos de vida. “Desde um ano de idade até os 18 anos, qualquer idade”, afirmou à Agência Brasil, o reumatologista pediatra Claudio Len, professor da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).
Os principais sintomas das doenças reumáticas que podem despertar a atenção dos pais e responsáveis são dores musculoesqueléticas, principalmente nas pernas. “São as dores articulares, dores musculares e dores no corpo de modo geral”, destacou. Muitas vezes, essas dores vêm acompanhadas de um inchaço articular, ou seja, por um aumento do tamanho das articulações.
Na literatura pediátrica, Len informou que uma das doenças mais prevalentes e que acomete uma a cada 500 crianças se chama artrite idiopática juvenil (AIJ), que vem com inchaço nas articulações e dor musculoesquelética. Outros sintomas são febre prolongada, que dura mais de uma semana ou dez dias, sem causa aparente; perda de peso; além de um quadro de erupções cutâneas que não se encaixam nas doenças infecciosas. “Os pais devem ficar atentos porque pode ser uma doença reumática”. Ele disse ainda que, muitas vezes, os pais confundem dores reumáticas com as do crescimento.
Impedimentos
Também coordenador da organização não governamental (ONG) Acredite – Amigos da Criança com Reumatismo, desde 2001, Claudio Len esclareceu que as dores reumáticas impedem as crianças de desempenhar as atividades próprias da idade.
“Uma criança que manca, que acorda com dor ou que não consegue ir à escola por causa de uma dor que, muitas vezes, vem acompanhada de febre, inapetência, perda de peso”. O pediatra é responsável por fazer o acompanhamento e indicar o reumatologista pediatra para cuidar do problema. “Juntamente com o pediatra, esse especialista vai fazer um exame clínico em laboratórios que podem ajudar no diagnóstico”. A ONG Acredite atua na melhoria da assistência às crianças e adolescentes acompanhados no Ambulatório de Reumatologia do Departamento de Pediatria da Unifesp.
Len esclareceu que as doenças reumáticas têm um tratamento específico e, uma criança com doença reumática, se bem tratada, leva uma vida igual à de outra qualquer criança.
Tratamento
O tratamento vai depender da doença. O mais importante, segundo Claudio Len, é ensinar os pais sobre o que é a doença. O tratamento é feito com remédios que controlam a inflamação.
O especialista destacou, ainda, que um atraso por três a seis meses no tratamento pode provocar uma lesão articular irreversível na criança. “Quanto mais precoce for feito o diagnóstico, o tratamento especializado terá melhor resultado”.
Ele destacou ainda que existe tratamento para doenças reumáticas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como nos planos de saúde para pacientes do setor privado. “Ninguém fica sem tratamento adequado”. Sublinhou ainda que as crianças diagnosticadas com a artrite idiopática juvenil (AIJ) têm que ser acompanhadas a vida inteira pelo reumatologista pediatra até uma certa idade e, posteriormente, por um reumatologista, como ocorre com as doenças autoimunes crônicas, como diabetes, que têm que ser cuidadas a vida inteira, porque são doenças que podem retornar.
A doutora Claudia Saad Magalhaes, especialista em reumatologia pediátrica e professora de pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP), disse que o tratamento da AIJ é feito com medicação via oral ou injetável e tem como objetivo o controle da progressão da doença, melhorando a capacidade funcional e aliviando a dor das crianças e jovens. “A terapia adequada permite que o paciente leve uma vida normal, com participação em atividades físicas e em esportes de alto nível”, manifestou.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Saúde


SAÚDE
“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.
Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.
A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.
- 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)
Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.
Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.
Ana Freire
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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