CVM cria balanço de sustentabilidade para empresas de capital aberto

Publicados

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apresentou nesta sexta-feira (20) a resolução para que empresas de capital aberto e fundos de investimento possam prestar contas publicamente em relação à sustentabilidade. Os relatórios poderão ser apresentados a partir do ano que vem de forma semelhante à divulgação dos balanços contábeis, seguindo, inclusive, a mesma periodicidade.

Segundo o presidente da CVM, João Pedro Barroso do Nascimento, a prestação de contas será feita, inicialmente, de forma voluntária. Porém, a proposta é que, a partir de 2026, esses indicadores sejam apresentados por todas as empresas de capital aberto.

“A gente está trabalhando para trazer legitimidade e, por isso, a gente vai ouvir os parceiros privados. A gente acredita que vamos conseguir fazer isso em tempo, de tal maneira que em 2026 isso seja obrigatório”, disse.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o país será pioneiro em estabelecer indicadores que permitam aos investidores e à sociedade comparar as empresas pelo ponto de vista da sustentabilidade. “É uma coisa muito nova, tanto é que o Brasil é o primeiro país signatário dessas regras, embora o G20 tenha validado essa instituição”, disse.

Leia Também:  BB confirma que não sairá da Febraban após negociações

Na avaliação do ministro, uma maior transparência em relação a forma de produção das empresas tende a agregar valor aos produtos brasileiros. “O mundo não tem energia limpa, essa que é a verdade. A Ásia é uma indústria a céu aberto, né? Maior vai ser o nosso mercado potencial internacional quanto mais nós demonstrarmos o nosso compromisso ambiental. Isso para mercados relevantes, como o dos Estados Unidos e Europa, vai ser, cada vez, mais fundamental. Então, o Brasil tem que sair na frente mesmo”, disse.

Fonte: EBC Economia

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

Publicados

em

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

Leia Também:  Descontos de automóveis não devem resolver estoques de montadoras

Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

Leia Também:  BB confirma que não sairá da Febraban após negociações

Você tem WhatsApp? Entre em um dos canais de comunicação do JORNAL DO VALE para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens, clique aqui

JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com

Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres

Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA