Delegado Eduardo Prado propõe alterar lei para que fundo especial da Polícia Civil receba recursos oriundos do duodécimo

O projeto de lei nº 638/25, de autoria do deputado Delegado Eduardo Prado (PL), propõe alterar a Lei nº 19.828, de 18 de setembro de 2017, para incluir entre as fontes de receita do Fundo Especial de Apoio ao Combate à Lavagem de Capitais e às Organizações Criminosas (FESACOC), os recursos oriundos da devolução de duodécimos pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).
De acordo com a justificativa da matéria, a medida proposta reafirma o compromisso do Poder Legislativo com o fortalecimento da gestão pública e promove a ampliação das ações de enfrentamento à criminalidade organizada e do combate à lavagem de capitais no Estado.
O parlamentar ressalta que os recursos devolvidos pela Alego, provenientes da economia e da gestão eficiente do orçamento legislativo, representam uma oportunidade estratégica para fortalecer e aumentar a efetividade das ações do Fesacoc. “Objetiva-se promover maior eficiência na utilização do dinheiro público e consolidar políticas públicas em áreas prioritárias”, esclarece Prado.
Além disso, a medida evidencia a cooperação entre os Poderes Legislativo e Executivo na busca por soluções que atendam, de forma mais ampla e eficaz, às necessidades da população. A propositura será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), para distribuição à relatoria.
Fonte: Assembleia Legislativa de GO


POLÍTICA
“Mulheres contra Assédio contra Mulheres”. Procuradoria especial recebe cartilha pelos direitos femininos

A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), sob o comando da deputada Dra. Zeli (UB), apresentará, nesta quinta-feira, 13, às 13 horas, a campanha denominada “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”. A ação busca a conscientização sobre e o enfrentamento ao assédio contra mulheres e convoca a sociedade para refletir, ativamente, sobre a problemática.
Durante o evento, será realizada a entrega do quadro, feito sob medida para a procuradoria, com o layout temático da campanha. A tela “Meu Cor-de-Rosa Ruiu”, de Ivaan Hansen, associa a falta de liberdade à violência contra a mulher, e ilustra a cartilha desenvolvida para a campanha da Assembleia Legislativa.
O material traz um texto ilustrativo da luta feminina, abordando diferentes cenários em que as mulheres são subjugadas, mas seguem, mesmo frente a todos os desafios, firme em seus ideais.
Confira, na íntegra, o texto para a campanha “Mulheres contra Assédio contra Mulheres”:
Meu mundo cor de rosa ruiu
Era para ser um conto de fadas. Disseram que seria amor, mas foi medo. Disseram que era proteção, mas era cela. O mundo cor de rosa que lhe prometeram desabou—e nos escombros ficaram hematomas, silêncios forçados e uma história que ninguém quer ouvir. Mas que ecoa.
Ela está ali, diante de nós. O rosto, marcado. O olhar, fundo. Há tristeza, sim. Mas há algo maior. Um braseiro de indignação, um grito de justiça que não aceita mais ser calado. Quem ousa encará-la sente o peso das palavras que nunca lhe deram espaço para dizer.
Acima, uma gaiola de ouro. Imponente, luxuosa—mas prisão. O ouro disfarça, mas não liberta. Dentro, um pássaro ferido. A asa quebrada, o pé machucado, a liberdade negada. O pássaro é ela. Mas não só ela. É um símbolo. Um espectro. Um espelho. Quantas mulheres aprisionadas em promessas de felicidade que se revelam grades douradas? Quantas, feridas, ainda cantam para não enlouquecer?
Ao redor, um fio embaraçoso enreda tudo. Um fio que sufoca, que aperta, que confunde. Quem olha de fora pode até pensar que não há nada ali, que é só um detalhe. Mas quem sente na pele sabe: esse fio pesa mais do que correntes. Esse fio são os insultos, as manipulações, as ameaças veladas, os golpes que vieram depois. Esse fio é o medo que a ensinaram a ter. O silêncio que impuseram a ela.
E ao fundo, fragmentos de uma rosa que já foi inteira. A cor da infância, da esperança, do amor que disseram que duraria para sempre. Agora, despedaçada. Porque promessas não cicatrizam feridas. Porque desculpas não apagam medo. Porque um sonho romântico não sustenta um castelo que sempre foi de areia.
Mas ela ainda está de pé. E seus olhos, feridos, mas vivos, dizem o que ninguém mais pode dizer por ela:
Chega. A gaiola vai ruir. E, desta vez, quem vai voar sou eu.
Fonte: Assembleia Legislativa de GO
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