Dólar cai para R$ 4,85 no dia seguinte à aprovação do arcabouço fiscal

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No dia seguinte à aprovação definitiva do novo arcabouço fiscal, o mercado financeiro teve um dia de euforia. O dólar teve forte queda e fechou no menor valor em 22 dias. A bolsa de valores teve alta expressiva e atingiu o maior patamar em duas semanas.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (23) vendido a R$ 4,855, com queda de R$ 0,085 (-1,73%). A divisa operou em baixa durante todo o dia e fechou próxima dos níveis mínimos da sessão.

A moeda norte-americana está no menor valor desde 2 de agosto, quando tinha fechado em R$ 4,80. Com o desempenho de hoje, a divisa acumula alta de 2,64% em agosto, mas cai 8,05% em 2023.

No mercado de ações, o dia também teve ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 118.135 pontos, com avanço de 1,7%. Em alta pelo segundo dia seguido, o indicador está no maior nível desde o último dia 10. Ações de petroleiras, mineradoras, bancos e empresas de energia foram o destaque.

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Tanto fatores internos como externos influenciaram o mercado. No Brasil, o mercado reagiu positivamente à aprovação do arcabouço fiscal. A expectativa é que o fim da votação destrave a agenda econômica do governo no Congresso.

No exterior, o dólar também caiu com a divulgação de dados que mostram o menor crescimento das empresas desde fevereiro. Os números reduzem as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) elevar os juros antes do fim do ano.

*Com informações da Reuters

Fonte: EBC Economia

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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