Dólar cai para R$ 5,10 com avanço das commodities

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Após duas altas seguidas por causa do estouro da guerra entre Rússia e Ucrânia, o dólar caiu no primeiro pregão após o carnaval, impulsionado pela valorização de minérios e de produtos agrícolas no mercado internacional. A bolsa de valores também foi beneficiada pela trégua nas bolsas norte-americanas e subiu pela segunda sessão seguida.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (2) vendido a R$ 5,107, com recuo de R$ 0,048 (-0,94%). Em um dia de poucos negócios após o feriado prolongado, a cotação abriu em R$ 5,21, mas caiu ao longo da sessão até encerrar próxima dos valores mínimos do dia.

O otimismo também se manifestou no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 115.174 pontos, com alta de 1,8%. Apesar da queda de ações de bancos, os papéis de mineradoras e de petroleiras tiveram forte alta, acompanhando as bolsas de Nova York e a alta das commodities (bens primários com cotação internacional).

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Nesta quarta, o barril de petróleo do tipo Brent, o mais usado nas negociações internacionais, atingiu US$ 110,60, nível mais alto desde junho de 2014. O minério de ferro também se valorizou no mercado futuro, impulsionando as ações de empresas mineradoras em todo o planeta. As commodities têm subido por causa do impacto do conflito entre Rússia e Ucrânia sobre a oferta de vários produtos agrícolas, de minérios e de derivados de petróleo.

Os investidores também reagiram a fatores não ligados à guerra no Leste europeu. Nesta quarta, o presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), Jerome Powell, declarou que vai sugerir que o órgão aumente os juros básicos em 0,25 ponto percentual na reunião dos próximos dias. A elevação nesse ritmo beneficia países emergentes, como o Brasil, porque indica que o ciclo de alta nos Estados Unidos será gradual.

*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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