Dólar cai para R$ 5,11 e fecha no menor nível em sete semanas

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Em meio ao alívio no cenário externo e às expectativas para a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o dólar aproximou-se de R$ 5,10 e fechou no menor nível em sete semanas. A bolsa de valores subiu quase 2%, impulsionada por ações da Petrobras e pela divulgação de lucros de empresas.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (8) vendido a R$ 5,113, com recuo de R$ 0,054 (-1,04%). A cotação operou em queda durante toda a sessão, beneficiada pela entrada de fluxos estrangeiros de investidores em busca dos juros altos no Brasil. A divisa está no menor valor desde 15 de junho, quando tinha fechado a R$ 5,02.

Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de 3,11% desde quinta-feira (4), no dia seguinte à reunião do Copom. Na semana passada, o Banco Central (BC) indicou que o ciclo de alta da taxa Selic (juros básicos da economia) está perto do fim.

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No mercado de ações, o dia também foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 108.402 pontos, com alta de 1,81%. O indicador está no maior nível desde 7 de junho.

As ações da Petrobras dispararam nesta segunda-feira. Os papéis ordinários (com voto em assembleia de acionista) subiram 4,82%. As ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) valorizaram-se 5,05%. Os investidores aguardam a distribuição recorde de R$ 87,8 bilhões em dividendos da estatal, que ocorrerá na quinta-feira (11).

Amanhã (9), o BC divulgará a ata da última reunião do Copom, que elevou a taxa Selic para 13,75% ao ano. A expectativa de que as elevações da taxa de juros acabem agora, ou em setembro, tem atraído investidores estrangeiros, em busca de maiores rendimentos no Brasil, o que empurra para baixo a cotação do dólar.

Quanto à bolsa de valores, o fim do aperto monetário eleva as ações de empresas ligadas ao consumo, como varejistas. A ata do Copom e a divulgação da inflação oficial em julho indicarão se o BC encerrou o ciclo de alta da Selic na última reunião ou se promoverá uma elevação adicional da taxa Selic, em setembro, para 14% ao ano.

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*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Economia

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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