Dólar cai para R$ 5,18 em dia de decisão do Copom

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Num dia de expectativa com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o dólar teve leve queda, depois de subir para R$ 5,24 no início da tarde. Depois de dois dias seguidos de alta, a bolsa caiu, influenciada por fatores internos e pela queda das commodities no mercado internacional.

O dólar comercial encerrou a quarta-feira (4) vendido a R$ 5,186, com recuo de R$ 0,007 (-0,13%). A cotação caiu para R$ 5,16 na mínima do dia, por volta das 10h30. Em seguida, subiu influenciada pela recuperação da economia norte-americana, atingindo R$ 5,24 por volta das 12h30, para voltar a operar em baixa durante a tarde.

O mercado de ações teve um dia mais pessimista. O índice Ibovespa, da B3, terminou o dia aos 121.801 pontos, com queda de 1,44%. O indicador operou em baixa durante quase toda a sessão, chegando a cair 2,02% na mínima do dia, pouco antes das 13h.

Nos Estados Unidos, a divulgação de que o setor de serviços cresceu mais que o esperado fez o dólar subir em todo o planeta. Apesar de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) ter assegurado nas últimas semanas que não pretende retirar tão cedo os estímulos concedidos durante a pandemia de covid-19, os dados fortes aumentam a pressão de que a autoridade monetária da maior economia do planeta reverta as medidas de apoio econômico antes do fim de 2022.

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No Brasil, os investidores passaram o dia no aguardo da decisão do Copom, na expectativa de que o Banco Central aumentasse os juros pela quarta vez seguida. Juros mais altos no Brasil atraem capitais externos e conseguem segurar o dólar, mesmo com a ameaça de retirada de estímulos nos Estados Unidos. As negociações em torno do parcelamento de precatórios também afetaram o mercado, com os investidores tendo receio de que a medida fure o teto federal de gastos.

* Com informações da Reuters 

Edição: Fábio Massalli

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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