Dólar cai pela terceira sessão seguida e continua abaixo de R$ 5

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Em um dia de volatilidade no mercado financeiro, o dólar chegou a cair para R$ 4,93, mas inverteu o movimento durante a tarde e fechou com pequena queda e praticamente estável. A bolsa de valores chegou a encostar em 130 mil pontos, mas não segurou a alta e fechou em baixa pelo segundo dia consecutivo.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (23) vendido a R$ 4,963, com recuo de apenas 0,07%. A cotação abriu com forte queda e chegou a R$ 4,93 na mínima do dia, por volta das 13h30, mas notícias vindas dos Estados Unidos pressionaram a moeda durante a tarde. Em diversos momentos durante a sessão, a divisa atingiu R$ 4,97.

Essa foi a terceira sessão seguida de queda da moeda norte-americana. Com o recuo de hoje, o dólar continua no menor valor desde 10 de junho do ano passado. Naquele dia, a divisa encerrou vendida a R$ 4,936.

O dia também foi marcado por oscilações na bolsa de valores. O índice Ibovespa, da B3, fechou a quarta-feira aos 128.428 pontos, com recuo de 0,26%. Pela manhã, o indicador chegou a subir 0,9%, mas reverteu o movimento e passou a operar em baixa por volta das 14h.

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O mercado financeiro global teve um dia de volatilidade após declarações de presidentes regionais do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de que os juros nos Estados Unidos podem subir antes do fim de 2022. Ontem (22), o presidente do Fed, Jerome Powell, tinha dito em audiência no Congresso do país que a inflação nos Estados Unidos é temporária e que o órgão não pretendia retirar tão cedo as medidas de estímulo concedidas para impulsionar a maior economia do planeta durante a pandemia de covid-19.

*Com informações da Reuters.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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