Dólar fecha a R$ 5,44 e atinge menor nível em dois meses

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Embalado pelo desempenho dos mercados internacionais, o dólar caiu nesta segunda-feira (26) e fechou no menor nível em dois meses. A bolsa de valores alternou momentos de alta e de baixa e encerrou com estabilidade.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,449, com queda de R$ 0,05 (-0,88%). A cotação operou em queda durante toda a sessão, consolidando a tendência de baixa durante a tarde. No menor valor desde 24 de fevereiro (R$ 5,421), a divisa acumula queda de 3,2% em abril e alta de 5,01% em 2021.

O otimismo no câmbio não se refletiu no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 120.595 pontos, com alta de apenas 0,05%. O indicador chegou a subir 0,6% por volta das 10h30, mas operou em baixa durante quase toda a tarde, só se recuperando nos minutos finais de negociação.

O dólar caiu em todo o planeta, em meio à melhoria das expectativas em torno da recuperação da economia global. A moeda norte-americana recuou em sete dos últimos nove pregões. No Brasil, o anúncio pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de que pretende destravar a tramitação das reformas tributária e administrativa foi bem recebido pelo mercado.

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A bolsa de valores, no entanto, não sentiu a melhora no mercado externo e operou em baixa na maior parte do dia, mesmo com os índices norte-americanos fechando em alta. Além das tensões em torno da pandemia de covid-19, o índice Ibovespa sofreu pressão da realização de lucros, quando investidores vendem ações para embolsar ganhos recentes. O indicador aproxima-se do recorde de 125 mil pontos registrado no início de janeiro.

*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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