Dólar fecha abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez em seis meses

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Em um dia de euforia no mercado financeiro, o dólar fechou abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez desde meados de dezembro. A bolsa de valores voltou a bater recorde e encerrou próxima dos 130 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (2) vendido a R$ 5,084, com recuo de R$ 0,052 (-1,2%). A cotação abriu em alta, chegando a R$ 5,17 na máxima do dia, por volta das 10h15, mas despencou no restante do dia, até fechar próxima dos níveis mínimos.

A moeda norte-americana está no menor nível desde 18 de dezembro, quando tinha fechado a R$ 5,083. Com o desempenho de hoje, a divisa acumula queda de 2,02% em 2021.

Bolsa de valores

No mercado de ações, o dia também foi marcado por fortes ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 129.601 pontos, com alta de 1,04%. Em alta pela sexta sessão seguida, o indicador voltou a fechar em níveis recordes.

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Dois fatores contribuíram para o desempenho positivo do mercado financeiro. No Brasil, o crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) no primeiro trimestre fez o indicador voltar aos níveis anteriores ao início da pandemia de covid-19. O índice garante crescimento econômico próximo de 5% em 2021, mesmo se o PIB não crescer nos demais trimestres.

Um PIB mais alto indica que o governo poderá arrecadar mais que o previsto no Orçamento. O desempenho das receitas pode fazer a dívida pública bruta, principal indicador nas comparações internacionais, encerrar o ano com queda em relação ao inicialmente projetado.

O segundo fator vem dos Estados Unidos. O mercado financeiro internacional aguarda a divulgação do índice de desemprego na próxima sexta-feira (4). Caso o indicador venha mais fraco que o esperado, diminui a expectativa de que o Federal Reserve, Banco Central norte-americano, adie o aumento de juros da maior economia do planeta. Taxas baixas em economias avançadas beneficiam países emergentes, como o Brasil.

*Com informações da Reuters

Edição: Denise Griesinger

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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