Dólar fecha abaixo de R$ 5,60 com acordo sobre PEC dos Precatórios

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A definição de um acordo para a votação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios blindou o dólar das turbulências no mercado internacional e fez a moeda cair para abaixo de R$ 5,60. A bolsa de valores subiu pelo segundo dia consecutivo e está no maior nível em quase duas semanas.

O dólar comercial fechou esta quarta-feira (24) vendido a R$ 5,595, com recuo de R$ 0,014 (-0,26%). A cotação chegou a R$ 5,62 na máxima do dia, pouco antes das 11h, mas desacelerou durante a tarde e fechou em queda, após o anúncio de que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado pretende votar a PEC dos Precatórios na terça-feira (30).

O real teve desempenho diferente das moedas dos países emergentes, que voltaram a ser afetadas pela alta do dólar por causa do mercado internacional. A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), divulgada hoje, indicou que diversos diretores apoiam uma retirada mais rápida dos estímulos monetários concedidos desde o início da pandemia de covid-19.

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No mercado de ações, o dia também foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 104.514 pontos, com alta de 0,83%. Numa sessão volátil, o indicador chegou a cair 1,13% no pior momento do dia, mas inverteu o movimento por causa do acordo para a votação da PEC dos Precatórios e da ajuda de ações de empresas mineradoras, beneficiadas pela valorização internacional do minério de ferro.

Apesar de a PEC dos Precatórios aumentar os gastos públicos em R$ 101,6 bilhões no próximo ano, os investidores acreditam que a aprovação da proposta evita soluções mais imprevisíveis. Para os analistas financeiros, um eventual decreto de calamidade pública abriria mais espaço para gastos além do teto.

* Com informações da Reuters

Edição: Fábio Massalli

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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