Dólar fecha em alta, cotado a R$ 5,24 nesta segunda-feira

O dólar começou a última semana do ano em alta, chegando a saltar mais de 2% no pior momento desta segunda-feira, o que chamou o Banco Central (BC) ao mercado, num contexto de forte pressão compradora de moeda em meio a saídas de recursos e à expectativa de robusto ajuste de posições na virada do ano.
O dólar à vista fechou com ganho de 0,66%, a R$ 5,24 na venda, maior patamar desde 2 de dezembro (R% 5,2422 ).
Na mínima, atingida ainda na primeira meia hora de negócios, a cotação desceu a R$ 5,16, queda de 0,80%, captando o bom humor internacional, que persistia nesta tarde.
Mas a moeda passou a tomar fôlego e, na máxima, alcançada por volta de 14h, saltou 2,05%, a R$ 5,31. Às 14h14, o BC anunciou que ofertaria dólares no mercado à vista, em operação que, no fim, representou injeção de US$ 530 milhões no mercado spot. Foi o primeiro leilão do tipo desde 30 de outubro.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, voltando a se aproximar de sua marca histórica, após o presidente dos Estados Unidos sancionar novos estímulos econômicos e reforçar o ambiente global de apetite a risco.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,12%, a 119.123,70 pontos, maior patamar de fechamento desde 23 de janeiro, quando registrou sua máxima histórica de 119.527,63 pontos, considerando o fechamento. O recorde intradia (119.593,10 pontos) foi batido no dia seguinte.
O volume financeiro nesta segunda-feira somou R$ 21,6 bilhões, abaixo da média diária de R$ 34,8 bilhões em dezembro. No ano, essa média é de R$ 29,9 bilhões.
Donald Trump sancionou no domingo um pacote de ajuda pela pandemia e de gastos no valor total de US$ 2,3 trilhões, restaurando o auxílio-desemprego a milhões de norte-americanos e evitando a paralisação do governo federal.
Entre os estímulos, está o pacote de alívio de US$ 900 bilhões aprovado pelo Congresso na última semana.
*com informações da Reuters
Edição: Bruna Saniele


ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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